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análise de jornal russo

PCP está entre os partidos mais "pró-Putin" do Parlamento Europeu

20 mar, 2023 - 20:22 • Diogo Camilo

Comunistas são o partido que mais vezes vota contra ou se abstém em resoluções para condenar ou sancionar decisões do Kremlin. Sandra Pereira foi a terceira eurodeputada que mais vezes demonstrou apoio a Moscovo.

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Os dois eurodeputados do PCP são dos que mais demonstram o seu apoio a Moscovo através do voto no Parlamento Europeu.

Uma análise do jornal independente russo Novaya Gazeta a 22 deliberações em Bruxelas concluiu que, entre 2019 e 2023, o Partido Comunista Português foi o que mais vezes votou contra ou se absteve em resoluções para condenar ou sancionar decisões do Kremlin.

Só um partido votou contra em mais deliberações anti-Putin, na atual composição atual do Parlamento Europeu - o Partido Comunista da Grécia -, com o PCP a votar contra em 15 dos votos e a abster-se em quatro, condenando o regime da Rússia e a Vladimir Putin por apenas duas vezes.

Sandra Pereira, eleita em 2019, é a terceira eurodeputada mais “pró-Putin”, segundo a análise, com os dois eurodeputados gregos a liderarem a tabela do número de resoluções anti-Rússia às quais votaram contra.

O outro representante do PCP no Parlamento Europeu é João Pimenta Lopes, que substituiu João Ferreira, candidato nas eleições autárquicas à Câmara Municipal de Lisboa.

Além dos partidos comunistas, são os partidos radicais e de extrema-direita que mais votam contra, na hora de condenar o regime de Moscovo: o francês União Nacional (RN), de Marine Le Pen, o checo Liberdade e Democracia Direta e o Alternativa para a Alemanha (AfD).

Desta forma, o RN e a AfD continuam a ser os partidos mais “úteis” para o Kremlin, uma vez que ocupam, respetivamente, 19 e 9 lugares no Parlamento Europeu.

Um dos votos do PCP contra o regime de Moscovo aconteceu uma semana após o início da guerra na Ucrânia, quando os comunistas não condenaram a Rússia pela invasão.

Os eurodeputados Sandra Pereira e João Pimenta Lopes foram dois dos 13 votos contra, numa votação que teve 637 votos a favor e 26 abstenções. Em comunicado, o partido referiu na altura que a resolução era “profundamente negativa”.

Um ano depois, por altura do aniversário de guerra, Sandra Pereira manteve o voto contra, referindo que a resolução que condena a Rússia pela guerra na Ucrânia “branqueia o envolvimento dos EUA, NATO e UE”.

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