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Xi Jinping em Moscovo

Ao lado do "grande amigo" Xi, Putin diz acolher plano da China para "crise aguda" na Ucrânia

20 mar, 2023 - 14:52 • Joana Azevedo Viana com Reuters

Presidente chinês iniciou hoje uma visita de três dias à Rússia com a guerra na Ucrânia como pano de fundo.

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Putin e Xi Jinping reuniram. Presidente russo assegura que vai discutir plano de paz para a Ucrânia
Putin e Xi Jinping reuniram. Presidente russo assegura que vai discutir plano de paz para a Ucrânia

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu esta segunda-feira as boas-vindas ao homólogo chinês, Xi Jinping, e ao seu plano para resolver a "crise aguda" na Ucrânia, no arranque de uma visita oficial marcada por grande proximidade entre os dois líderes.

Em declarações no Kremlin, ao lado do seu "grande amigo", Putin manifestou-se favorável à proposta de Pequim para a Ucrânia, um plano de paz que diz olhar com respeito.

"Sabem que estamos sempre prontos para negociar e iremos discutir todas as questões, incluindo as vossas sugestões", declarou o líder russo a Xi Jinping, adiantando que se sente "algo invejoso" do desenvolvimento acelerado da China nas últimas décadas.

"A China criou um sistema muito eficaz para desenvolver a economia e fortalecer o Estado, é muito mais eficaz do que em muitos outros países", acrescentou Putin.

O Presidente chinês, por sua vez, invocou as eleições presidenciais marcadas para o próximo ano na Rússia, manifestando apoio ao também "grande amigo" Putin.

"Graças à sua liderança forte, a Rússia conquistou significativos progressos para alcançar a prosperidade nos últimos anos. Tenho a certeza de que o povo russo irá apoiá-lo em força."

Os dois dirigentes vão realizar primeiro um encontro pessoal e depois continuar as conversações durante um jantar esta noite. Amanhã, no segundo dos três dias de visita por Xi, haverá lugar a negociações formais entre o Presidente chinês e o homólogo russo.

Os encontros têm lugar dias depois de o Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de detenção internacional a Vladimir Putin por alegados crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

Há cerca de um mês, a China apresentou um plano de paz em 12 pontos para a Ucrânia, que a Rússia invadiu em fevereiro de 2022, na expectativa de conseguir suspender o conflito e, ao mesmo tempo, fortalecer as relações com Moscovo.

Pequim tem rejeitado acusações do Ocidente de que planeia armar a Rússia no contexto da guerra na Ucrânia, dizendo que apenas pretende uma parceria energética mais próxima com Moscovo após ter aumentado as suas importações de petróleo, gás e carvão russos.

"Os dois lados estão continuamente a reforçar a sua confiança política mútua, a criar um novo paradigma de relações entre duas grandes potências", esceveu Xi Jinping num artigo publicado no Rossiiskaya Gazeta antes da sua chegada à capital russa.

Sobre a guerra na Ucrânia, Xi acrescentou no mesmo artigo que "problemas complexos não têm soluções simples".

Questionado sobre esta visita, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Oleg Nikolenko, disse que Kiev espera "que Pequim use a sua influência sobre Moscovo para pôr fim a esta guerra agressiva contra a Ucrânia".

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