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Guerra na Ucrânia

Putin diz que não estava "ansioso" por confrontos e que esperava resolução "pacífica"

19 mar, 2023 - 20:45 • Lusa

Presidente russo diz que antecipava uma resolução "pacífica" das tensões com Kiev, antes da anexação da Crimeia em 2014.

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O presidente russo assegurou este domingo que não desejava iniciar uma confrontação com a Ucrânia e que antecipava uma resolução "pacífica" das tensões com Kiev antes do começo de anos de conflito que levaram à invasão russa daquele país.

Putin voltou ao tema da anexação da Crimeia em 2014, um dos precedentes diretos do atual conflito armado, para afirmar que o seu país "simplesmente não podia dar uma espada ao povo da Crimeia quando este já estava a confrontar os nacionalistas".

A Rússia acabou por anexar a península ao seu território através de um decreto declarado ilegal por Kiev e os seus aliados.

"Tínhamos assumido que seríamos capazes de resolver a situação de forma absolutamente pacífica. Jamais estive ansioso desencadear alguma confrontação", afirmou o Presidente russo, numa entrevista com o canal Rossiya 1, citado pela agência de notícias TASS.

"Não podíamos simplesmente recusar o nosso apoio e proteção ao povo da Crimeia. Eles já estavam sob ataque dos nazis, como dizem os ucranianos, e era nosso dever sagrado protegê-los", explicou.

No entanto, Putin reiterou que, inicialmente, esperava resolver a situação na Crimeia e, por extensão, nas regiões separatistas de Donestk e Lugansk, no este da Ucrânia, através de negociações.

"Mas, agora percebemos que os nossos então chamados parceiros não tinham intenção de resolver nada por meios pacíficos. Eles simplesmente bombeavam armas para a Ucrânia e preparavam as suas forças para operações militares", acrescentou.

Putin fez as declarações depois de uma visita à Crimeia, seguida de uma paragem na cidade ucraniana de Mariupol, ocupada pelas forças russas, onde se comprometeu a promover projetos de reconstrução e desenvolvimento, acusando simultaneamente as forças ucranianas de ataques contra civis.

O Presidente russo disse também, em declarações recolhidas pela TASS, que as forças ucranianas tinham plantado minas em centros médicos e hospitais na cidade antes de abandonarem as suas posições.

"Todo o equipamento médico está minado. Esta não é a forma como as pessoas normais se comportam", disse.

Putin, finalmente, prometeu acelerar os planos de construção de uma nova área residencial na cidade para a transformar numa "pequena parte do paraíso".

Comentários
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  • Cidadao
    20 mar, 2023 Lisboa 16:00
    Claro que sim: ele estava à espera que continuasse a moleza de Schroeders, Sarkhozis, Merkels e companhia, que deixaram a Rússia fazer o que quis, e assim obter de graça, territórios da Ucrânia e quiçá a própria Ucrânia, sem disparar um tiro. E que tudo continuasse como antes. É o que dá "políticas de apaziguamento". Já deram mau resultado Com Hitler e Chamberlain, mas continuam a cair nesse erro. Se logo que Putin começou a por as unhas de fora, o Ocidente e os EUA tivessem mostrado a garra que mostram hoje, tudo seria diferente.

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