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Ucrânia. Tanques Leopard elevam apoio de Portugal para 712 toneladas

28 fev, 2023 - 19:51 • Lusa

Helena Carreiras garantiu que "a cedência destes meios não comprometerá a capacidade operacional" das Forças Armadas portuguesas, permitindo "reforçar quem mais precisa para exercer de forma legítima o seu direito de se defender e demonstrar, uma vez mais, que Portugal apoia de forma inequívoca o povo ucraniano, enquanto for necessário" e sempre na medida das possibilidades do país. .

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A ministra da Defesa Nacional anunciou esta terça-feira que, com o envio dos três tanques Leopard 2 para a Ucrânia em março, a ajuda de Portugal a este país vai chegar às 712 toneladas de material letal e não letal. .

"Este novo apoio elevará o material, letal e não letal, que fornecemos até à data para 712 toneladas, com base num esforço de coordenação transversal, seja através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, seja no âmbito dos contactos que têm tido lugar no seio do "Ukraine Defence Contact Group" [Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia]", afirmou Helena Carreiras.

A governante, que no passado dia 24 esteve em Kiev, está a ser ouvida em audição regimental na Assembleia da República e na sua intervenção inicial abordou o apoio do país à Ucrânia face à invasão russa, salientando que "Portugal continua comprometido com a preservação da unidade, da soberania e da integridade territorial deste país".

"É assim, neste contexto que, após consultas com os nossos aliados e parceiros, anunciámos recentemente o envio de três carros de combate de última geração, Leopard 2A6, para a Ucrânia, até ao final do mês de março, em articulação com as autoridades alemãs", disse.

Helena Carreiras garantiu que "a cedência destes meios não comprometerá a capacidade operacional" das Forças Armadas portuguesas, permitindo "reforçar quem mais precisa para exercer de forma legítima o seu direito de se defender e demonstrar, uma vez mais, que Portugal apoia de forma inequívoca o povo ucraniano, enquanto for necessário" e sempre na medida das possibilidades do país. .

"A segurança da Ucrânia é também a segurança de Portugal e da Europa, e temos honrado todos os compromissos que assumimos, encorajando outros a seguirem-nos neste caminho para que os ucranianos tenham aquilo que precisam para prevalecer nesta luta", salientou.

A ministra acrescentou que a resposta do país à guerra também se manifestou em adaptações feitas ao planeamento e empenhamento das Forças Nacionais Destacadas, prevendo um total de 31 missões diferentes em 2023.

"Iremos também permanecer empenhados na Roménia e na Lituânia, contribuindo para a segurança coletiva e para o esforço de dissuasão face à Rússia. Estamos igualmente já a participar, na Polónia e na Alemanha, na Missão de Assistência Militar da União Europeia (EUMAM), que foi criada para apoiar as Forças Armadas ucranianas", disse.

No início do mês, o primeiro-ministro António Costa anunciou que Portugal tem em execução o plano de manutenção dos tanques Leopard 02 e que está em condições de dispensar três para a Ucrânia no próximo mês de março.

Momentos depois, o socialista Diogo Leão elogiou a presença da ministra em Kiev e questionou-a sobre que contactos fez com o seu homólogo.

"Esta é uma causa de grande convergência nacional mas também europeia e também dos países NATO: a causa da soberania e a integridade territorial da Ucrânia", disse, defendendo que o "Governo tem agido de forma irrepreensível" no apoio ao país.

Em resposta a críticas do PSD, a ministra da Defesa assegurou que "não houve nunca nenhuma hesitação no envio de tanques Leopard para a Ucrânia".

Quanto à formação de militares ucranianos para a utilização dos carros de combate Leopard 2A6, a ministra salientou que esta será feita "onde seja mais útil e adequado para os ucranianos", não estando definido onde mas "em princípio na Alemanha".

Rodrigo Saraiva, líder parlamentar da Iniciativa Liberal (IL) questionou a ministra sobre se falou com o seu homólogo brasileiro sobre a importância de apoiar militarmente a Ucrânia, tendo Helena Carreiras respondido que não, mas que espera fazê-lo "em breve", sublinhando a necessidade de "fazer com que o mundo nos acompanhe".

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