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Guerra na Ucrânia

Rússia volta a avisar Ocidente: armar Kiev aumenta risco de catástrofe nuclear

27 fev, 2023 - 14:34 • Redação com Lusa

Zelensky demite comandante das Forças Conjuntas do Exército, Eduard Moskaliov, a lutar no Donbass.

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O ex-Presidente russo Dmitri Medvedev alertou esta segunda-feira que o fornecimento de armas à Ucrânia por potências ocidentais só aumenta o risco de uma catástrofe nuclear global.

Num artigo publicado no jornal russo 'Izvestia', Dmitri Medvedev sublinha que o "fornecimento de armas ao regime neofascista de Kiev" impossibilita o retorno das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

"Os nossos inimigos estão a fazer exatamente isso [fornecer armas à Ucrânia], não querendo entender que, obviamente, os seus objetivos resultarão num fiasco total”, declarou Medvedev, também vice-presidente do Conselho de Segurança russo.

“Perdas para todos. Colapso. Apocalipse. Esquecimento por séculos, até que os blocos fumegantes parem de emitir radiação”, disse o ex-Presidente russo, numa referência a uma catástrofe nuclear.

Medvedev enfatiza que, se a qualquer momento a existência da Rússia estiver ameaçada, isso "não será decidido de forma alguma" na frente ucraniana, mas será uma questão que anda de mãos dadas com a “existência futura de toda a civilização humana”.

"Não precisamos de um mundo sem a Rússia", enfatizou Medvedev, que também garantiu que Moscovo "não permitirá isso".

“Não estamos sozinhos neste esforço, os países ocidentais com os seus [países] satélites representam apenas 15 por cento da população mundial. Somos muitos mais e estamos muito mais fortes”, concluiu Medvedev.

Zelensky demite comandante no Donbass

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, demitiu o comandante das Forças Conjuntas do Exército, Eduard Moskaliov, sem especificar a causa da sua decisão, num decreto presidencial divulgado hoje pela agência de notícias Ukrinform.

As Forças Conjuntas estão a lutar na região de Donbass, localizada no leste do país e parcialmente ocupada pela Rússia, que nas últimas semanas avançou após batalhas que resultaram em pesadas baixas.

O decreto, assinado neste domingo e publicado no portal da Presidência, referiu "a demissão de E. Moskaliov do cargo de comandante das Forças Conjuntas".

Moskaliov havia sido nomeado para o cargo no final de março.

O Presidente ucraniano tem dispensado periodicamente alguns comandantes militares. Em 11 de fevereiro, a imprensa ucraniana noticiou a demissão do vice-comandante da Guarda Nacional, Ruslan Dzyba.

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  • Cidadao
    27 fev, 2023 Lisboa 17:44
    O que o fornecimento de armas a Kiev impossibilita, é que a criminosa Rússia acrescente mais um entalhe à coronha, neste caso, mais um País vizinho controlado pela força. Os valentes ucranianos, devidamente armados pelo Ocidente, estão a dar cabo dos vossos sonhos da bandeira russa a flutuar em Kiev, e é isso que vos f*de todos... E oh Medvedev, ainda achas que assustas alguém, com a ameaça tantas vezes repetida da chantagem nuclear, que de tão usada, já não assusta ninguém? Espera pela contra-ofensiva que os ucranianos estão a preparar e vão lançar, mal o armamento Ocidental prometido esteja todo nas mãos deles... Vais ver os corpos Ivans que vocês mandaram para a linha da frente, correrem o mais que podem mas é para trás...

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