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Três anos de Brexit. Quase metade dos britânicos acha que o país piorou

31 jan, 2023 - 11:32 • Cristina Nascimento com Lusa

De acordo com um estudo de opinião, se o referendo ao Brexit fosse feito hoje, a maioria dos britânicos defenderia ficar na União Europeia.

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Foto: DR
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Festejos frente ao Parlamento britanico, a 31 de janeiro de 2020. Foto: Neil Hall/EPA
Festejos frente ao Parlamento britanico, a 31 de janeiro de 2020. Foto: Neil Hall/EPA

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, acredita que o Reino Unido fez "grandes progressos" desde que deixou a União Europeia (UE) há três anos, embora sondagens recentes mostrem insatisfação dos britânicos com o Brexit.

Por ocasião deste aniversário, Sunak salientou que o Reino Unido, como país independente, aproveitou as oportunidades apresentadas por 'Brexit' para enfrentar os desafios que encontrou.

Sunak, que apoiou a saída da UE no referendo de 2016, acrescentou numa breve declaração que, nestes três anos, "enormes avanços no aproveitamento das liberdades desbloqueadas pelo Brexit para enfrentar desafios geracionais".

Entre estes, destacou o programa de vacinação do Reino Unido contra a Covid-19, os acordos comerciais pós-Brexit e a "retoma do controlo das fronteiras".

Apesar dos avanços identificados por Sunak, de acordo com uma sondagem da empresa Ipsos, realizada com uma amostra de 1.000 pessoas com idades compreendidas entre os 18 e os 75 anos, 45% dos inquiridos pensam que o Brexit está a ser pior do que esperado, quase o dobro dos 28% registados em junho.

O estudo indica que 39% dos inquiridos pensam que o Brexit está a correr como esperado e 9% disseram que está a ser melhor do que previam.

Uma outra sondagem, considerada a sondagem das sondagens, do site WhatUKThinks.org, conclui que se o referendo sobre o Brexit fosse feito hoje, 58% votariam para estar na União Europeia, contra 42% que preferiam continuar de fora.

O governo de Rishi Sunak enfrenta uma onda de greves de diferentes setores, como trabalhadores ferroviários, enfermeiros, professores, paramédicos e bombeiros, que exigem melhores salários para fazer face ao aumento do custo de vida devido ao aumento da inflação, que desacelerou em dezembro para 10,5%.

Esta terça-feira, o Fundo Monetário Internacional (FMI) indicou nas suas projeções que a economia britânica vai ter o pior desempenho entre todos os países desenvolvidos, incluindo a Rússia.

Segundo a organização, o Produto Interno Bruto (PIB) britânico vai contrair 0,6% em 2023, revendo em baixa a expectativa anterior de crescimento de 0,3%.

O Reino Unido saiu formalmente da UE em 31 de janeiro, embora tenha permanecido no mercado único europeu até ao final do mesmo ano, pelo que o Brexit só se tornou efetivo às 23h00 de 31 de dezembro.

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