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Peru. Sobe para 48 o número de mortes em protestos antigovernamentais

12 jan, 2023 - 05:29 • Lusa

Os manifestantes exigem a demissão da presidente, Dina Boluarte, a dissolução do Congresso, eleições gerais e uma assembleia constituinte.

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Na cidade de Cuzco, no sul do Peru, o serviço regional de saúde informa que um manifestante morreu, elevando assim para 48 o total de mortos nos protestos contra o Governo.

A deputada de esquerda Ruth Luque revelou que a última vítima, Remo Candia Guevara, líder da comunidade camponesa Urinsaya Ccollana, na província de Anta, morreu num hospital em Cuzco.

Segundo a Provedoria do Povo, 40 manifestantes morreram desde o início dos protestos em confrontos diretos com agentes das forças de seguranças, além de um agente policial, enquanto outras sete pessoas perderam a vida "devido a acidentes de trânsito e incidentes relacionados com o bloqueio" de estradas.

A Direção Regional de Saúde de Cuzco disse num relatório que pelo menos 22 pessoas ficaram feridas na quarta-feira em protestos antigovernamentais em Cuzco, incluindo sete agentes policiais.

As manifestações reuniram centenas de pessoas, em grande parte camponeses provenientes das localidades do interior, nas capitais das regiões de Cuzco, Ayacucho, Apurimac, Arequipa e Tacna, esta última na fronteira com o Chile.

Em Cuzco noticiou-se que dezenas de pessoas procuraram chegar ao aeroporto internacional, o segundo mais movimentado do país, o qual está vigiado por um grande contingente policial, que inclui viaturas antimotim.

Embora a grande maioria dos protestos ocorra no sul do Peru, na região de San Martín (norte), os manifestantes bloquearam uma secção da principal autoestrada da região situada junto ao Amazonas.

Os manifestantes exigem a demissão da presidente, Dina Boluarte, a dissolução do Congresso, eleições gerais e uma assembleia constituinte, depois das mortes de 17 civis e um polícia na cidade de Juliaca (sul), só na segunda-feira.

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