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NATO anuncia novas negociações para aumento de gastos com Defesa

03 jan, 2023 - 11:49 • Lusa

Guerra na Ucrânia leva países a pedir o aumento do contributo de 02% do PIB de cada Estado-membro para a Defesa até 2024.

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O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou nesta terça-feira novas negociações com os países-membros sobre o aumento do orçamento para a Defesa, especialmente diante da atual situação geopolítica mundial.

"Alguns aliados são fortemente a favor de aumentar a meta de 02 por cento e convertê-lo num mínimo", apontou, antes de afirmar que conduzirá esse tipo de conversa.

"Vamos reunir-nos, teremos os nossos encontros no âmbito ministerial. Vamos falar sobre dinheiro", afirmou.

Nesse sentido, Stoltenberg deu a entender que tem a certeza de que os Estados-membros conseguirão chegar a acordo com vista à próxima cimeira, marcada para 11 e 12 de julho na capital da Lituânia, Vilnius.

Atualmente, a meta é que os membros da NATO contribuam com, pelo menos, 02% do seu Produto Interno Bruto (PIB) para a Defesa até 2024, assunto que foi acordado no País de Gales em 2014, após a anexação russa da península da Crimeia.


Stoltenberg não especificou quais os países aliados que estão agora a pedir um aumento desse limite. Países como Polónia, Lituânia e Reino Unido manifestaram-se de acordo com um aumento do financiamento diante do avanço das tropas russas na Ucrânia.

No entanto, a Alemanha, o Canadá e a Bélgica, entre outros, manifestaram a sua rejeição a esta medida, dado que investem menos de 02% por cento do PIB em Defesa.

A disputa pelo aumento desse orçamento acentuou-se especialmente sob o mandato do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou a acusar o Governo alemão e outros aliados europeus de quererem provocar a saída dos Estados Unidos da Aliança Atlântica.

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  • Cidadao
    04 jan, 2023 Lisboa 18:18
    Não conte muito aqui com a Tugolândia: o dinheiro é "pouco" para sustentar os Elefantes Brancos habituais, como as PPP's rodoviárias, a TAP, a Banca, a CP, etc... O Costa quer os 2% ATÉ 2030 e é evidente que está à espera dum volte-face qualquer, para que isso seja prolongado no tempo. Ir além dos 2% para a Defesa? Mas então não temos os "camones"? É o pensar europeu: os "camones" que tratem da nossa Defesa que nós ficamos com o Social ... Aí se a Rússia é bem sucedida na Ucrânia e se aproxima das fronteiras Europeias Ocidentais ...

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