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Lula promete "resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiros"

01 jan, 2023 - 20:30 • Pedro Valente Lima , João Carlos Malta

No discurso de tomada de posse, Luiz Inácio Lula da Silva apontou a mira ao passado recente com críticas ferozes, num país dividido a meio. E reafirmou o combate à pobreza como elemento decisivo para os próximos anos. “Nenhuma nação se ergueu, nem se poderá erguer, sobre a miséria do seu povo.

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Lula da Silva recebeu faixa presidencial do "povo brasileiro", simbolizado nas figuras de uma criança, um indígena, um negro, uma mulher um operário e uma pessoa com deficiência. .Foto: Andre Borges/EPA
Lula da Silva recebeu faixa presidencial do "povo brasileiro", simbolizado nas figuras de uma criança, um indígena, um negro, uma mulher um operário e uma pessoa com deficiência. .Foto: Andre Borges/EPA
Foto: Sebastiao Moreira/EPA
Foto: Sebastiao Moreira/EPA

O discurso de tomada de posse de Lula da Silva para um terceiro mandato presidencial fica marcado por ataques constantes ao adversário que derrotou nas urnas, Jair Bolsonaro. Pelo meio prometeu resgatar da fome 33 milhões de pessoas, e tirar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiros.

Lula acredita que defrontou “adversários inspirados no fascismo”. “Ao ódio, responderemos com amor, à mentira com a verdade, ao terror e violência responderemos com as leis e suas mais duras consequências”, assinalou.

No discurso de tomada de posse, Lula considera que a democracia foi a grande vitoriosa nesta eleição, “surpreendendo a maior mobilização de recursos públicos e privados que já se viu, as mais violentas ameaças à liberdade do povo, a mais abjeta campanha de mentira e de ódio tramada para manipular e constranger o eleitorado brasileiro”.

O novo presidente brasileiro continuou as críticas afirmando que nunca os recursos do Estado foram tão desvirtuados “em proveito de um projeto autoritário de poder”.

“Nunca a máquina pública foi tão desencaminhada do controlo dos republicanos. Nunca os eleitores foram tão constrangidos pelo poder económico e por mentiras disseminadas à escala industrial”, defendeu o líder do PT.

Para a vitória que obteve (50,83% dos votos na segunda volta das eleições), Lula relevou a atitude corajosa do poder judiciário, “especialmente do tribunal superior eleitoral, para fazer prevalecer a verdade das urnas sobre as violências de seus detratores”.

De seguida, Lula recordou que há 20 anos afirmou que a sua missão de vida estaria cumprida “quando cada brasileiro e brasileira pudesse fazer três refeições por dia”.

“Ter de repetir este compromisso no dia de hoje, diante do avanço da miséria e regresso da fome, que havíamos superado, é o mais grave sintoma da devastação que se impôs no país em anos recentes”, considerou.

Neste discurso, Lula disse que não seria justo, nem correto, pedir paciência a quem tem fome. “Nenhuma nação se ergueu nem se poderá erguer sobre a miséria do seu povo”, salientou.

E deu a garantia de que ia reeditar o programa "Bolsa Família", através do qual pretende “resgatar da fome 33 milhões de pessoas, resgatar da pobreza mais de 100 milhões de brasileiros e brasileiras, que suportaram a mais dura carga de um projeto de destruição nacional que hoje se encerra”.

Por fim, Lula disse ter compreendido que foi o candidato de “uma frente mais ampla do que o campo político em que me formei”. “Esta frente se consolidou para impedir o retorno do autoritarismo ao país”, rematou ao mesmo tempo que lançou dois slogans “ditadura nunca mais” e “democracia para sempre”.

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