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GUERRA NA UCRÂNIA

Conselheiro de Kiev diz que Rússia não quer negociar, mas fugir à responsabilidade

25 dez, 2022 - 14:45 • Lusa

Mikhail Podoliak salienta que "Putin precisa de voltar à realidade" e que "a Rússia negoceia matando" ucranianos.

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O principal conselheiro da Presidência ucraniana, Mikhail Podoliak, desmentiu este domingo o Presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que Moscovo não está interessado em quaisquer negociações, como demonstra ao continuar a "matar cidadãos", e que só tenta "fugir às responsabilidades".

Podoliak disse que "Putin precisa de voltar à realidade" e questionou as razões que tem vindo a apresentar para justificar a invasão da Ucrânia.

"Não há outros 'países, motivos, geopolítica'. A Rússia não quer negociações, mas está a tentar fugir às suas responsabilidades. É óbvio", escreveu o conselheiro no Twitter.

"Ver-nos-emos em Tribunal", disse Podoliak, em consonância com a linha da Ucrânia de não se sentar para negociar com a Rússia enquanto este país estiver sob condições impostas pelo Kremlin de Putin.

O conselheiro principal do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também falou horas antes da última ofensiva russa em Kherson, ocorrida na véspera de Natal, da qual resultaram 16 mortos e dezenas de feridos, criticando aqueles que apoiam as chamadas iniciativas de paz do Kremlin.

"Recordarei àqueles que se propõem ter em conta as iniciativas de 'paz' de Putin que neste momento a Rússia está a 'negociar', matando os habitantes de Kherson, exterminando Bajmut, destruindo as redes de Kiev e Odessa, torturando civis em Melitopol... A Rússia quer matar com impunidade", escreveu Podoliak no Twitter.

"Matar mulheres, crianças e pessoas idosas na véspera de Natal! É isso que é a 'paz russa'! Transformar Kherson numa 'cidade morta' com projéteis Grad depois de fugir cobardemente! Esta é a própria essência da sede de sangue da Rússia", afirmou.

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  • Para lavar e durar
    26 dez, 2022 Jamés 22:56
    Rússia não quer "negociar" nada. Rússia quer uma capitulação, que é o que se pode chamar às condições prévias que sejam reconhecidas para "negociar" e que entre outras significam o reconhecimento das anexações de território ucraniano, a Ucrânia fora da NATO e desarmada militarmente, controle sobre a economia ucraniana, e quanto a indemnizações pelos danos causados ou punição dos responsáveis por crimes de guerra, nickles. O governo ucraniano, este ou qualquer outro que não seja um fantoche de Moscovo, alguma vez aceitará isto? Temos guerra para lavar e durar.

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