Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Reportagem

Um Natal sem paz e celebrado por muitas famílias ucranianas numa data diferente

23 dez, 2022 - 09:25 • João Cunha com redação

Pela primeira vez, a Igreja Ortodoxa da Ucrânia deu a possibilidade de celebrar o Natal a 25 de dezembro, separado da sua congénere, que mantém ligações a Moscovo e que assinala a data a 7 de janeiro.

A+ / A-

Em declarações à Renascença, um casal de emigrantes ucranianos, Olga e Ivan Seroka, que vive há mais de duas décadas em Portugal, explicou como será celebrado este Natal.

Há quatro anos, juntaram as economias e investiram numa oficina na zona da Grande Lisboa. O casal, que está há mais de 20 anos em Portugal, tem acompanhado diariamente a situação na Ucrânia, onde ainda têm muita família a quem enviam regularmente ajuda para minimizar os efeitos da guerra.

A última encomenda enviada levava geradores para que os familiares pudessem ter energia elétrica.

Este ano, pela primeira vez, vão poder celebrar o Natal a 25 de dezembro e não a 7 de janeiro, depois da Igreja Ortodoxa da Ucrânia ter mostrado abertura nesse sentido para se separar da sua congénere, que mantém ligações a Moscovo. Seja em que data for, a comida típica da época vai estar em cima da mesa.

“Têm de ser 12 pratos, porque havia 12 apóstolos e traziam comida – peixe também. Depois há o trigo cozido com mel e isso tem que ver talvez como Holodomor, porque não havia comida naquela época. E as coisas nossas tradicionais: os bolos, o molho de cogumelos e outras coisas que é complicado de explicar, sem provar”, conta Olga, acrescentando que há dois anos que na Ucrânia se fala de mudar a data da celebração do Natal.

Para ouvir na íntegra aqui.

OuvirPausa
0:00 / 0:00
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+