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Nova Zelândia

Insulto de Jacinda Arden a líder da oposição arremata mais de 59 mil euros em leilão

22 dez, 2022 - 11:12 • Redação

O comentário ofensivo foi apanhado por um microfone do Parlamento na semana passada, após um aceso debate entre Arden e David Seymour. Dinheiro será doado à Fundação do Cancro da Próstata.

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A transcrição de um insulto da primeira-ministra da Nova Zelândia ao principal líder da oposição no país foi a leilão esta semana, com uma cópia assinada por ambos a ser arrematada por mais de 100 mil dólares neozelandeses (mais de 59 mil euros).

O comentário ofensivo foi apanhado por microfones na semana passada, após um debate aceso entre Arden e David Seymour, líder do partido libertário de direita ACT, no Parlamento.

Quando o líder da oposição começa a intervir, ouve-se a primeira-ministra comentar quase em surdina: "Que cretino arrogante."

Arden acabaria por pedir desculpas publicamente, altura em que Seymour propôs à primeira-ministra unirem forças e aproveitarem o momento menos feliz para angariarem dinheiro para a Fundação para o Cancro da Próstata da Nova Zelândia.

O leilão online terminou esta quinta-feira, com a chefe do Governo a agradecer, no Facebook, a todos os que contribuíram para a angariação de fundos.

"Não posso dizer que estivesse à espera disto", declarou Arden. "Um faux pas com um microfone antigo do Parlamento transformou-se em 100.100 dólares para a Fundação do Cancro da Próstata. O meu obrigada ao David pelo desportivismo e a todos os que licitaram. Feliz Natal!"

Em comunicado, o líder da oposição aplaudiu o interesse no leilão, que "foi maior do que alguém poderia sonhar".

"Quando fiz esta sugestão [a Arden], ela aceitou imediatamente", partilhou David Seymour. "Estou estupefacto com a generosidade dos licitantes que estão a ajudar cretinos de todo o país."

Citado pelo Canal 1News, o homem que arrematou a transcrição do debate parlamentar assinada pelos dois protagonistas deste episódio diz que vai ter de pedir um empréstimo para conseguir pagar os 100 mil dólares neozelandeses.

Ainda assim, Julian Shorten diz-se feliz com a aquisição: "Este é um momento que fica para a História da política neozelandesa."

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