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Guerra na Ucrânia

Rússia pode anunciar mobilização geral e fazer nova incursão militar em Kiev

19 dez, 2022 - 16:15 • Lusa

Alerta é do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, que não exclui possibilidade de nova incursão das tropas russas na capital.

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O secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, Oleksiy Danilov, admitiu esta segunda-feira que a Rússia possa anunciar uma mobilização geral sem excluir a possibilidade de um novo avanço militar sobre Kiev.

“Podem fortalecer as suas posições. Entendemos que isso pode acontecer. Em simultâneo, não excluímos a hipótese de que declarem uma mobilização geral”, afirmou Danilov em entrevista ao jornal digital Ukrainska Pravda.

Danilov considerou que essa mobilização também seria convocada “para exterminar o maior número possível” de cidadãos russos, para que “deixem de ter qualquer problema no seu território”.

Nesse sentido, Danilov também recordou que a Rússia não renunciou em garantir o controlo de Kiev nem à ideia de “destruir” totalmente a Ucrânia. “Devemos estar preparados para qualquer coisa”, disse.

“Quero que todos entendamos que [os russos] não renunciaram à ideia de destruir a nossa nação. Se não tiverem Kiev nas mãos, não terão nada nas mãos, temos de entender isso”, prosseguiu Danilov, que também não excluiu que a nova ofensiva russa seja proveniente “da Bielorrússia e de outros territórios”.

Desta forma, Danilov elogiou a decisão de muitos dos seus habitantes, que decidiram permanecer na capital ucraniana quando se iniciou a guerra, para proteger a cidade.

“Esperavam que houvesse pânico, que as pessoas fugissem, que não existisse nada para defender Kiev”, disse ainda, numa referência ao Presidente Volodymyr Zelensky.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia — foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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  • Atenção à
    19 dez, 2022 Bielorrússia. é daí que virá a invasão 17:44
    Depois dos problemas que teve com uma mobilização parcial, é altamente duvidoso que a Rússia decrete a mobilização geral, até porque não tem nem armamento, nem quadros suficientes para um exército proveniente de uma mobilização geral. E a Ucrânia está na defesa logo para serem teoricamente bem-sucedidos, os russos tinham de ter o triplo dos efetivos ucranianos. Se a Ucrânia prepara um exército de 1 milhão de soldados, a Rússia teria de ter 3 milhões. Não tem dinheiro, logística, armamento, enquadramento, ou oficiais em numero suficiente para isso. Acautelem-se é com uma invasão russa usando a Bielorrússia., Isso é o mais provavel

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