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Zelensky denuncia à ONU “terror russo”

24 nov, 2022 - 03:48 • Redação com Agências

O Presidente ucraniano afirma que os ataques das forças de Moscovo deixam “milhões de pessoas sem energia, num contexto de temperaturas abaixo de zero”.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, denunciou à ONU o ataque da Rússia à infraestrutura energética do país classificando-o como um "crime contra a humanidade".

"Com temperaturas abaixo de zero, vários milhões de pessoas sem abastecimento de energia, sem aquecimento e sem água, trata-se, obviamente, de um crime contra a humanidade", afirmou Zelensky, que falava, por vídeo, esta quarta-feira, ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, no âmbito de uma reunião de emergência que o próprio solicitou.

Na mesma reunião, o embaixador russo, Vasily Nebenzya, disse que as forças de Moscovo vão continuar as ações “para enfraquecer o potencial militar da Ucrânia até que Kiev assuma uma posição realista nas negociações”.

Vasily Nebenzya transmitiu a mensagem que a operação especial militar lançada pela Federação Russa visa atacar instalações e infraestruturas ucranianas, em resposta à entrega em larga escala de armas ocidentais à Ucrânia e em resposta aos “apelos imprudentes de Kiev para derrotar a Rússia.”

“Ao longo da operação especial militar tivemos não só de lidar com as unidades do regime de Kiev, mas também com os países fazem parte da NATO e que estão a fornecer apoio militar às tropas ucranianas de várias formas, estando por isso a conduzir a uma guerra de procuração com a Rússia.

Já a embaixadora dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, Linda Thomas-Greenfield, acusou o Presidente russo, Vladimir Putin de pretender causar sofrimento ao povo da Ucrânia.

“Parece que Putin está determinado em destruir as infraestruturas energéticas da Ucrânia. Ele está claramente a tornar o inverno numa arma para infligir um sofrimento inimaginável ao povo ucraniano. Ele decidiu que se não conseguir conquistar a Ucrânia à força vai tentar congelar o país até à sua submissão”, declarou.

Segundo as Nações Unidas, novos ataques russos na Ucrânia fizeram 30 vítimas civis, entre mortos e feridos, e deixaram ontem milhões de pessoas sem eletricidade, quando se registam já temperaturas negativas nalgumas regiões do país.

O Kremlin negou esta quarta-feira que a Rússia e os Estados Unidos estejam em contacto para promover negociações de paz com Kiev, após fonte militar norte-americana ter apontado esse cenário como uma possibilidade.

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  • Digo
    24 nov, 2022 Eu 18:50
    Já se percebeu que Moscovo não vai parar, antes pelo contrário, vai intensificar os ataques a infraestruturas energéticas Ucranianas pois pensa que assim obterá a trégua que tanto precisa para reorganizar as tropas de modo a poder relançar a ofensiva de Primavera que se tem falado, e a Ucrânia está a perder tempo com apelos ou a tentar que o Ocidente considere a Rússia um País terrorista. Melhor ocupação do tempo, é não só aumentar a defesa anti-aérea como também e principalmente, contra-atacar e destruir as plataformas de onde veem esses misseis, estejam elas na Bielorrússia, no Mar Negro ou mesmo em território russo. Com essas plataformas destruídas ou danificadas, os ataques vão diminuir. Rentabilizem o que têm e ignorem possíveis escaladas: além do nuclear que já se viu que os Ivans não vão usar, uma "escalada" significa o quê, se eles já usaram quase tudo?

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