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EUA

Trump aponta culpado da derrota dos Republicanos na luta pelo controlo do Senado

14 nov, 2022 - 00:17 • Inês Braga Sampaio com Lusa

Ex-presidente dos EUA crucifica Mitch McConnell, líder da minoria do Senado, após a derrota republicana nas eleições intercalares: "Comprometeu e toda a gente o despreza."

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Donald Trump culpa Mitch McConnell, líder da maioria do Senado, pela derrota dos Republicanos nas "midterms", que levaram à perda da luta pelo controlo da câmara alta do parlamento dos Estados Unidos.

Na rede social Truth, o ex-presidente dos EUA declara que McConnell, de 80 anos, "é uma desgraça para o Partido Republicano e para o país".

"A culpa é de Mitch McConnell. Gastar dinheiro para derrotar grandes candidatos republicanos em vez de apoiar Blake Masters [candidato derrotado no Arizona] e outros foi um enorme erro. Dar quatro biliões de dólares à esquerda radical para o novo Green Deal ["Acordo Verde"] e não para a infraestrutura foi um erro ainda maior. Ele comprometeu as 'midterms' e toda a gente o despreza", considera Trump.

O Partido Democrata segurou o controlo do Senado nas eleições intercalares, depois de Catherine Cortez Masto ter conquistado a última vaga no órgão governativo, em representação do estado do Nevada.

As eleições intercalares de terça-feira foram uma lição para os Republicanos, que agora devem decidir "quem são", disse Joe Biden, presidente dos EUA, referindo-se à influência de Trump, seu antecessor, que continua a alegar que houve fraude eleitoral em 2020.

Cortez Masto conseguiu o número de votos suficiente para garantir a vitória sobre o candidato republicano Adam Laxalt, apoiado por Trump. Desta forma, os Democratas conseguem 50 assentos no Senado, mais um que os Republicanos, num total de 100 assentos em disputa.

Mesmo que os Republicanos vençam o último lugar disponível, que está a ser disputado na Geórgia - decisão a 6 de dezembro -, só conseguirão um empate a 50 lugares no Senado. Nessa situação, como acontece agora, a vice-Presidente, Kamala Harris (democrata), tem o voto de desempate.

Os Democratas garantem um processo mais suave para as nomeações do Executivo e escolhas de juízes (incluindo para possíveis lugares no Supremo Tribunal), nos dois últimos anos de mandato de Biden.

O Senado poderá, ainda, rejeitar qualquer legislação aprovada pela câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, onde os Republicanos ainda podem sair por cima. O Great Old Party encontra-se em vantagem na votação, segundo a Associated Press, com 212 lugares conquistados contra 203 dos "Dems". São precisos 218 para a maioria.

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  • Cidadao
    14 nov, 2022 Lisboa 09:35
    Ou isso ou os "camones" perceberam finalmente que você Trump, não passa dum agitador a nadar em dinheiro, que diz o que as pessoas querem ouvir, mas faz o que lhe dá na gana, tem "amigos" e parceiros privilegiados pouco recomendáveis, e não resolve nenhum dos problemas que a Sociedade Americana tem. E que não são poucos, apesar duma narrativa de riqueza e do "País das oportunidades".

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