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Biden diz não ter “intenção” de se reunir com Putin na cimeira do G20

12 out, 2022 - 04:28 • Lusa

Declarações surgem após o ministro dos Negócios Estrangeiros russo ter afirmado que Moscovo está disposto "a estudar" a realização de um encontro entre Putin e Biden, à margem da cimeira.

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O Presidente norte-americano, Joe Biden, disse não ter intenção de se encontrar com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, na próxima cimeira do G20, em novembro.

"Não pretendo reunir-me com ele. Mas se, por exemplo, me dissesse: 'Quero falar sobre Griner’, encontrar-me-ia com ele. O que quero dizer é que depende”, disse o democrata, em entrevista à televisão norte-americana CNN, na terça-feira.

Em agosto, um tribunal russo condenou a estrela do basquetebol feminino norte-americano Brittney Griner a nove anos de prisão por tráfico de droga.

Por outro lado, Biden sublinhou que se recusaria a "negociar seja o que for com a Rússia, tendo com base" qualquer pretensão russa a ficar "com parte da Ucrânia".

Horas antes da entrevista de Biden, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, tinha afirmado que Moscovo está disposto "a estudar" a realização de um encontro entre Putin e Biden, à margem da cimeira do G20.

Contudo, Lavrov sublinhou não existir, por enquanto, qualquer proposta formal.

Tanto o Presidente norte-americano, como o líder russo estão na lista de convidados para a reunião anual do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), que a Indonésia irá acolher entre 15 e 16 de novembro.

Na mesma entrevista, Biden disse achar que Putin “é um agente racional que cometeu um erro significativo de cálculo" ao achar que “seria recebido de braços abertos” pelos ucranianos.

O democrata também disse não acreditar que a Rússia venha a usar armas nucleares na Ucrânia, mas disse que a ameaça, como Putin fez, é irresponsável e pode resultar em "erros catastróficos".

Ainda assim, Biden evitou responder à pergunta sobre qual seria a resposta dos EUA no caso de uma escalada nuclear do conflito.

Comentários
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  • Cidadao
    12 out, 2022 Lisboa 13:10
    Reunir? Para quê, para negociar? Que espécie de "negociação" será essa, se se vai assistir ao desenrolar das mesmas premissa que a Rússia tem lançado desde o 1.º dia, ou seja, reconhecimento daquela farsa do "referendo" e da anexação da Crimeia mais o Dombass, proibição da Ucrânia aderir à NATO e sua desmilitarização para não haver resistência digna desse nome quando a Rússia viesse buscar o "resto", controle do Mar de Azov e dos portos Ucranianos da zona, levantamento geral das sanções e "pirar-se" sem 1 tostão em indemnizações de guerra deixando para trás um país destruído para o Ocidente e a martirizada Ucrânia reconstruirem do seu bolso... é isso? Então a Rússia que meta as "negociações" sabe onde ...

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