10 out, 2022 - 10:47 • Cristina Nascimento
O prémio Nobel da Economia foi atribuído a Ben S. Bernanke, Douglas W. Diamond and Philip H. Dybvig “por pesquisas sobre bancos e crises financeiras”. O galardão é dividido de forma igual pelos três.
Ben Bernanke é norte-americano, tem 69 anos. Douglas Diamond também tem 69 anos e trabalha na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Já Philip Dybvig, 67 anos, trabalha para a a Universidade de Washington.
Na cerimónia de revelação do nome dos laureados, um dos economistas prestou declarações. Douglas Diamond manifestou a sua surpresa pela sua distinção e respondeu a algumas perguntas dos jornalistas.
Diamond considera que o mundo está agora melhor preparado para enfrentar crises financeiras do que em 2008 "porque o setor bancário está em boa forma”. Diamond disse ainda não ter "dúvidas que os bancos centrais serão bem sucedidos no controlo da inflação”.
Questionado sobre se as crises financeiras podem ser evitadas, Diamond reconheceu que "é possível, mas pode não ser desejável evitar crises financeiras”.
Também em 2021, o Nobel da Economia foi para três economistas - David Card, Joshua D. Angrist e Guido W. Imbens - por "tirarem conclusões de experiências inesperadas" e aplicá-las à análise do mercado de trabalho.
Este é o sexto prémio Nobel a ser atribuído, tendo o primeiro sido o Nobel da Medicina e da Fisiologia ao sueco Svante Pääbo, pelas descobertas no genoma de hominídeos extintos e evolução humana.
Seguiu-se o prémio Nobel da Física, atribuído esta terça-feira ao francês Alain Aspect, o norte-americano John F. Clauser e o austríaco Anton Zeilinger, pelo trabalho desenvolvido na área da mecânica quântica, anunciou o secretário-geral da Real Academia Sueca de Ciências.
O terceiro Nobel foi atribuído pela Real Academia Sueca de Ciências a Carolyn R. Bertozzi, Morten Meldal e K. Barry Sharpless são os vencedores do prémio Nobel da Química pelo “desenvolvimento da química do clique e da química bio-ortogonal”.
Na quinta-feira foi também atribuído o quarto Nobel, o da Literatura, à francesa Annie Ernaux, “pela coragem e acuidade clínica com que descortina as raízes, os estranhamentos e os constrangimentos coletivos da memória pessoal”.
O prémio Nobel da Paz foi entregue na sexta-feira a Ales Bialiatski, ativista bielorrusso defensor dos direitos humanos, e a duas organizações de direitos humanos, a russa Memorial e a organização ucraniana Center for Civil Liberties [Centro para as Liberdades Civis].