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Guerra na Ucrânia

Parlamento russo ratifica tratados de anexação de quatro regiões ucranianas

03 out, 2022 - 14:47 • Lusa

A Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou a anexação de Lugansk, Donetsk, Zaporíjia e Kherson por unanimidade. No total, estas regiões representam 15% do território ucraniano, contando com cerca de três milhões de habitantes.

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A Duma, câmara baixa do parlamento russo, ratificou esta segunda-feira os tratados de anexação das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk e das regiões de Kherson e Zaporijia, todas em território ucraniano, assinados na sexta-feira pelo Presidente Vladimir Putin.

As leis de ratificação foram votadas uma a uma e receberam o apoio unânime dos deputados russos, que aplaudiram o resultado da votação, realizada de modo eletrónico.

Putin formalizou na sexta-feira, em Moscovo, a anexação destas quatro regiões, áreas parcialmente ocupadas pela Rússia no leste e sul da Ucrânia, após a realização de referendos, considerados ilegais por grande parte da comunidade internacional.

As quatro regiões representam cerca de 15% do território da Ucrânia, ou cerca de cem mil quilómetros quadrados, um pouco mais do que a dimensão de países como a Hungria e Portugal ou um pouco menos do que a Bulgária, segundo a agência espanhola EFE.

A Federação Russa, que tem mais de 147 milhões de habitantes, ultrapassará os 150 milhões com estas anexações.

Uma grande parte dos países e das organizações da comunidade internacional condenou estas anexações, dizendo que são o resultado de “falsos referendos”, comprometendo-se a não reconhecer qualquer validade a esta decisão.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas – mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,4 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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  • Cidadao
    03 out, 2022 Lisboa 18:47
    Pelo menos uma das cidades anexadas já voltou à posse legítima da Ucrânia, depois do exército russo fugir a sete pés quando se viu na eminência de ser cercado. E continuamos à espera do tal contra-ataque nuclear tático de que o bully Putin falou, e os seus mandaretes Kandirov e Medvev ameaçam. Será porque enfermam de "eficiência" igual à do resto do (ex) rolo compressor do exército russo e o Putin tem medo que eles caiam no chão mal saiam das plataformas, ou por causa daquele telefonema do Biden em que o "soneca Joe" que pelos vistos tomou o café todo, lhe disse que se usasse armas nucleares, seria estabelecida a tal zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia e tudo o que aparecesse a voar da parte Russa - aviões, helicópteros, misseis, drones - ia ao charco? E que as forças convencionais russas no Donbass e na Crimeia seriam atacadas e destruídas pela NATO? E que a Esquadra Russa no Mar Negro ou voltava para a Rússia ou seria bombardeada até todos os navios estarem no fundo? E que para o caso dele, Putin, começar a ter (más) ideias, as Forças Nucleares Ocidentais também entravam em prontidão de ataque? Náahh... Não deve ter sido isso. O Putin deu um passo maior que a perna, e como não preparou uma saída para o caso das coisas correrem mal, agora recorre ao que lhe resta: a ameaça nuclear. Só que por usar tanta vez, isso perdeu a eficácia.

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