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Kremlin considera "absurdas" acusações de sabotagem no Nord Stream

28 set, 2022 - 15:23 • Lusa

É "estúpido e absurdo", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, lançar suspeitas sobre a Rússia, uma vez frisando que as fugas registadas também são problemáticas para Moscovo.

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O Kremlin criticou as acusações de sabotagem ao Nord Stream, considerando "estúpido e absurdo" suspeitar da Rússia no caso das várias fugas no gasoduto, detetadas após explosões.

Segundo países europeus, as fugas fazem parte de ações de sabotagem por parte da Rússia.

"Já era previsível" que "alguns" colocassem a Rússia em causa, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em conferência de imprensa, acrescentando que lançar suspeitas sobre a Rússia é "estúpido e absurdo", frisando que as fugas nos gasodutos Nord Stream 1 e 2 são problemáticas para Moscovo.

"O gás está caro", afirmou Peskov, referindo-se às fugas detetadas esta semana nos tubos da infraestrutura de abastecimento que liga a Rússia à Alemanha através do Mar Báltico.

Os dois gasodutos foram afetados por explosões submarinas detetadas ao largo de uma ilha dinamarquesa no Báltico.

A União Europeia prometeu "uma resposta firme" ao que chamou sabotagem e o governo da Dinamarca declarou que as explosões "foram atos deliberados".

A Ucrânia, sem fornecer detalhes, afirmou que as fugas são resultado de um "ataque terrorista planificado" pela Rússia contra os países europeus.

Peskov apelou "a todos" para refletirem antes de falarem e pediu para se aguardar pelos resultados das inspeções que vão determinar se as fugas foram provocadas por "uma explosão ou não".

"Esta situação exige diálogo e uma interação rápida entre todas as partes para se descobrir o que aconteceu. Até este momento, constatamos a ausência total de diálogo", afirmou.

Na prática, as fugas diminuem a possibilidade da retoma das entregas de gás para a Europa ocidental via Nord Stream 1, que já tinham sido interrompidas em setembro no contexto das tensões provocadas pela campanha russa contra a Ucrânia.

A Rússia cortou o abastecimento invocando problemas técnicos, mas a Europa ocidental, que depende do gás russo, sobretudo para o aquecimento durante os meses de inverno, acusa Moscovo de utilizar o abastecimento como forma de pressão.

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