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Mais de mil detidos em protestos na Rússia contra mobilização adicional

21 set, 2022 - 18:16 • Lusa

As autoridades russas já tinham alertado que não iam consentir quaisquer protestos.

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Aumentou para mais de um milhar o número de detidos em diversas cidades da Rússia por participarem em protestos contra a mobilização de reservistas anunciada esta quarta-feira pelo Presidente russo, Vladimir Putin.

A atualização dos número de manifestantes presos pelas forças de segurança foi avançada pela organização não-governamental OVD-Info que faz a contagem em tempo real das detenções nos protestos que decorreram esta quarta-feira em várias cidades russas.

Contas das redes sociais ligadas à oposição na Rússia, entre as quais a do dirigente da oposição Alexei Navalny, difundiram vídeos que supostamente mostram estes primeiros protestos.

O ministério público de Moscovo já avisou de que a participação em tais manifestações ou a mera difusão das respetivas convocatórias poderá constituir crime, depois de terem sido publicados na internet os primeiros apelos para protestar contra o envio de militares na reserva em idade de combate para a guerra na Ucrânia.

Segundo o ministério público, a convocação dessas manifestações não foi coordenada com as autoridades pertinentes, que devem autorizar qualquer ação desse tipo. As autoridades russas não permitem qualquer concentração contrária às diretrizes do Governo.

“Não é bluff”. Putin ameaça atacar com armas de destruição
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O decreto de Putin estipulou que o número de pessoas convocadas para o serviço militar ativo seria determinado pelo Ministério da Defesa, e o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse numa entrevista televisiva que 300 mil reservistas com experiência relevante de combate e serviço serão inicialmente mobilizados.

Além da convocação de protestos, a Rússia tem também assistido a um acentuado êxodo de cidadãos desde que Putin ordenou que o exército invadisse a Ucrânia, há quase sete meses.

No discurso que proferiu ao país, em que anunciou uma mobilização parcial dos reservistas, o Presidente russo também fez uma ameaça nuclear velada aos inimigos russos do Ocidente.

[notícia atualizada às 22h14]

Comentários
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  • EU
    21 set, 2022 PORTUGAL 18:52
    " assim se vê o SILÊNCIO do PC ". E a CGTP? Porque não vêem para a RUA? Ainda há quem ADORE o COMUNISNO. Avante pessoal.

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