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Ucrânia. Embaixadora americana diz que mobilização na Rússia é um "sinal de fraqueza" de Moscovo

21 set, 2022 - 09:22 • Lusa

Putin anunciou uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.

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A embaixadora norte-americana na Ucrânia considera que o anúncio da mobilização parcial de cidadãos na Rússia e os referendos para a anexação de territórios ucranianos são um "sinal de fraqueza, de fracasso" das autoridades russas.

"Referendos e mobilização semelhantes são sinais de fraqueza, do fracasso russo", afirmou Bridget Brink na rede social Twitter, garantindo que o seu país continuará "a apoiar a Ucrânia o tempo que for preciso".

Um dos conselheiros da presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak, ridicularizou os anúncios do Kremlin, lembrando o fracasso do plano russo de uma guerra-relâmpago na Ucrânia e como Moscovo continua a negar os seus fracassos militares na Ucrânia.

"Os russos que exigiam a destruição da Ucrânia, no final, acabaram por obter: 1. Mobilização. 2. Fronteiras encerradas, contas bancárias bloqueadas. 3. Cadeia por deserção. Tudo ainda está conforme o planeado, não é? A vida tem um grande sentido de humor", declarou no Twitter.

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma "mobilização parcial" dos cidadãos do país, quando a guerra na Ucrânia está quase a chegar ao sétimo mês do conflito, numa mensagem dirigida à nação.

A medida, que entra já em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, sublinhou o chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela televisão.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.

O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.

Por outro lado, as autoridades dos territórios separatistas pró-russos da região de Donbass, na Ucrânia, anunciaram que vão realizar de 23 a 27 de setembro referendos para decidirem sobre a sua anexação pela Rússia.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,2 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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  • Cidadao
    21 set, 2022 Lisboa 17:50
    A ameaça nuclear é uma ameaça requentada pois até Putin sabe, que o primeiro tiro nuclear da Rússia, significaria uma retaliação imediata com o mesmo tipo de armas, e os 300 000 militares de que Putin fala, estão neste momento a esgotar estações ferroviárias e voos de saída da Rússia e provavelmente a planear deserções maciças se não conseguirem evitar serem mobilizados. E Putin não pense que os prende facilmente: é que aí eles têm armas nas mãos e usam-nas contra quem os quiser levar à força para Tribunais Marciais. Esta conversa de Putin, é a de um derrotado a quem os cálculos de grandeza saíram furados e está à espera de assustar a NATO e o Ocidente, para que estes peçam "negociações" onde ele Putin, tentará salvar a face. Apostou no "Tudo ou nada" . E perdeu. Agora tenta salvar o que pode, recorrendo à retórica de ameaça

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