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Rússia anuncia mobilização de 300 mil cidadãos e reconhece morte de 5.937 soldados

21 set, 2022 - 08:29 • Lusa

A medida, que entra de imediato em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país.

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O ministro da Defesa da Rússia anunciou hoje a mobilização de 300 mil reservistas e reconheceu que o país perdeu 5.937 soldados durante a campanha na Ucrânia iniciada em fevereiro.

O ministro explicitou os termos da mobilização depois de o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ter anunciado uma "mobilização parcial" dos cidadãos, numa altura em que a guerra na Ucrânia está quase a completar sete meses.

A medida, que entra de imediato em vigor, obedece à necessidade de defender a soberania e a integridade territorial do país, sublinhou o chefe de Estado russo, na mensagem transmitida pela televisão.

A Rússia, que invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, está pronta a utilizar "todos os meios" ao seu dispor para "se proteger", declarou Putin, que acusou o Ocidente de procurar destruir o país.

O anúncio de "mobilização parcial" dos russos em idade de combater abre caminho para uma escalada no conflito na Ucrânia.

"Considero necessário apoiar a proposta [do Ministério da Defesa] de mobilização parcial dos cidadãos na reserva, aqueles que já serviram (...) e com uma experiência pertinente", declarou.

"O decreto sobre a mobilização parcial foi assinado" e entra hoje em vigor hoje, acrescentou Putin, sublinhando "falar apenas de mobilização parcial", numa resposta a rumores surgidos nas últimas horas sobre uma mobilização geral.

Comentários
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  • Ivo Pestana
    21 set, 2022 Funchal 21:53
    Coitados dos que tem de ir para uma guerra, ainda jovens, por ideias dos velhos, que não sabem o que é estar no terreno. Quem puder vai desertar, emigrar...
  • Digo
    21 set, 2022 Eu 08:17
    Atacado politicamente por todos os lados e só podendo contar com os fantoches habituais - Sírias, Sérvias, Coreia do Norte, Bielorrússia - pois os peso-pesado China e India, consideram que "é mau para o negócio" estar demasiado próximo da Rússia neste momento, a perder a guerra no Terreno, nada restaria a Putin, senão ou abrir negociações reais, ou uma fuga para a frente, que não é mais que um bluff para assustar o Ocidente: soldados ou estudantes-soldados pode ter, não tem é equipamento para eles, armas "mais modernas" que as do Ocidente, quando anda a tirar chips de frigoríficos para manter tanques a andar. Mera retórica, mas uma possivel escalada no conflito.

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