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Rússia

Putin adia discurso sobre referendos no Donbass para quarta-feira de manhã

20 set, 2022 - 20:39 • Redação

Fontes do Kremlin indicavam, esta terça-feira, que o Presidente russo faria, ainda hoje, uma declaração especial sobre os referendos nas repúblicas populares de Donetsk e Luhansk, bem como nas regiões de Kherson e Zaporíjia.

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Vladimir Putin deverá falar esta quarta-feira às 06h00 em Portugal (08h00 em Moscovo) sobre os referendos convocados para as repúblicas separatistas de Donetsk e Lugansk.

A indicação foi avançada na noite desta terça-feira pelo jornalista russo Dmitry Smirnov, sem grandes detalhes, isto depois de fontes do Kremlin terem indicado, ao longo desta terça-feira, que o Presidente russo faria uma declaração ao país às 18h00, em Portugal, mais duas horas em Moscovo.

Ao início da noite desta terça-feira, Sergei Markov, antigo conselheiro do Presidente russo, revelou na sua conta do Telegram um primeiro sinal de que a declaração não aconteceria esta terça-feira, ao dar conta do adiamento dessa intervenção de Putin para esta quarta-feira.

Também Margarita Simonyan, uma das principais propagandistas do Kremlin e editora-chefe do órgão Russia Today (RT), aconselhou, no Twitter, que as pessoas “vão para a cama”, dando como certo que o líder do Kremlin não falaria à nação esta terça-feira à noite.

De acordo com a Forbes Russia, que contactou fontes do Kremlin, o discurso de Putin está pré-gravado e será conhecido "quando o Extremo Oriente acordar".

Este será o primeiro discurso do Presidente russo, após o início da guerra na Ucrânia, na madrugada de 24 de fevereiro.

[notícia atualizada às 22h45]

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  • Digo
    20 set, 2022 Eu 20:47
    Os referendos fantoches não têm qualquer valor jurídico nem a anexação será reconhecida por qualquer País minimamente decente - só pela Rússia e pela cambada que gravita à volta dela, sírias, Coreias do Norte, Bielorrússias, etc. Foi antecipado em desespero de causa pois o valente Exército Ucraniano começa a aproximar-se e o exército russo está em debandada, reagindo apenas em ataques a populações civis e mesmo assim com mísseis disparados a centenas de Km. A ideia é considerar o Território como russo, e depois quando a Ucrânia atacar, dizer que território russo está a ser atacado. Claro que os Ucranianos e o Ocidente que não vão reconhecer essa anexação, vão repudiar essas declarações, mas é aqui que começa a desenhar-se uma situação potencialmente perigosa: o Putin pode decretar uma mobilização geral - recurso ao nuclear não acredito, não só pelas consequências, como pelas poeiras radioativas atingirem a rússia - e nesse caso, o confronto com a NATO é praticamente inevitável. Claro que os russos vão ser triturados - se em 7 meses pouco conseguiram na Ucrânia, como seria contra a NATO mais a Ucrânia? - mas seria melhor que a NATO se assumisse e tornasse públicas as linhas vermelhas.

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