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Biden diz que "pandemia acabou", apesar de centenas de mortes diárias

19 set, 2022 - 19:53 • Rosário Silva , com agências

Os Estados Unidos da América registam cerca de 500 mortes por dia devido à Covid-19, segundo os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americaanos.

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Depois de um milhão de mortes nos Estados Unidos da América (EUA), três anos de confinamentos e inúmeras perturbações de ordem social e económica, o Presidente Joe Biden afirmou, este domingo, que "a pandemia acabou", pese embora o país continue a lutar contra um elevado número de infeções por Covid-19 e que têm resultado em centenas de mortes diárias.

"Ainda temos um problema com a Covid. Ainda estamos a trabalhar no assunto, mas a pandemia acabou. Se repararmos, ninguém está a usar máscaras. Toda a gente parece estar em muito boa forma. E por isso, penso que tudo está a mudar", destacou Biden durante uma entrevista ao programa “60 Minutos” da CBS, antes de se deslocar ao Reino Unido para as cerimónias fúnebres da Rainha Isabel II.

Apesar do Presidente ter repetido que os casos ligeiros foram "uma prova" das melhorias nos cuidados durante a sua presidência, os dados dos Centros de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA, avançam com números preocupantes e que apontam para cerca de 500 mortes diárias devido à Covid-19.

Recorde-se que na última semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) revelou que o número de novas mortes semanais, a nível mundial, registou o seu valor mais baixo na primeira semana de setembro, desde que a epidemia de foi declarada pandémica em março de 2020.

"Ainda não estamos lá, mas o fim está à vista", afirmou o Director-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, num briefing.

Refira-se que o próprio Biden passou mais de duas semanas isolado na Casa Branca, após dois ter testado positivo duas vezes à Covid-19 em julho. Também a sua esposa, Jill Biden, contraiu o vírus em agosto.

Biden não desvenda futuro político

Na mesma entrevista à CBS, questionado sobre o seu futuro político, Biden disse que ainda não decidiu se vai avançar para um segundo mandato em 2024.

"A minha intenção, como disse no início, é que iria concorrer novamente", mas “é apenas uma intenção” e isso “ainda “está para se ver".

Afirmando-se como “respeitador do destino", Joe Biden acrescentou que "é demasiado cedo para tomar esse tipo de decisão".

"O que estou a fazer e vou continuar a fazer, é o meu trabalho", esclareceu, remetendo uma decisão, eventualmente para “o próximo ano”.

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