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Von der Leyen em Kiev. UE ajudará Ucrânia durante o tempo que for preciso

15 set, 2022 - 17:09 • Lusa

Esta foi a terceira visita à Ucrânia de Von der Leyen - que recebeu hoje uma condecoração das mãos de Zelensky -, mas a primeira desde que a Ucrânia se tornou um país candidato à entrada na UE.

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu hoje, durante uma visita a Kiev, que a União Europeia irá ajudar a Ucrânia a enfrentar a Rússia “o tempo que for preciso”.

Na Ucrânia, a presidente da Comissão Europeia conversou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com o primeiro-ministro, Denys Chmygal, admitindo estar impressionada com “a bravura” das forças ucranianas na frente de guerra e confirmando uma ajuda financeira de 5 mil milhões de euros a Kiev proposta pela Comissão no início de setembro.

“Terá os seus amigos europeus ao seu lado durante o tempo que for necessário. Somos amigos para sempre”, afirmou no encontro.

O Presidente ucraniano também acentuou que “a prioridade” do país é entrar no mercado comum da União Europeia, onde bens, serviços e capitais podem circular livremente entre os países.

“A questão prioritária para nós é a integração da Ucrânia no mercado comum da UE, já que estamos a caminho do estatuto de membro da UE”, disse Zelensky numa conferência de imprensa conjunta com a presidente da Comissão Europeia.

A presidente da Comissão tinha indicado, antes da sua viagem, que as discussões entre os dois responsáveis se concentrariam na forma de “aproximar as economias e as populações à medida que a Ucrânia caminha para a adesão” à União Europeia.

Os europeus aprovaram em junho a candidatura à EU da Ucrânia, que também pretende entrar na NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

A visita de Von der Leyen decorre em paralelo com um encontro entre os presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, respetivamente, no Uzbequistão, para uma cimeira regional da Organização de Cooperação de Xangai (SCO), considerada como uma “alternativa” às alianças ocidentais.

Putin aproveitou a ocasião para denunciar as tentativas ocidentais de criar um “mundo unipolar”, elogiando a “posição equilibrada” de Pequim, que não criticou nem aprovou a invasão da Ucrânia.

Por seu lado, Xi garantiu que o seu país está pronto para assumir o papel de “grande potência” com a Rússia, insistindo na necessidade de “obter estabilidade face ao caos”.

O Ocidente adotou uma série de sanções contra a Rússia além de fornecer armamento a Kiev, um apoio crucial que permitiu às tropas ucranianas retomar, nas últimas semanas, milhares de quilómetros quadrados de território ocupado pelas forças russas.

No entanto, a Ucrânia também pediu apoio financeiro, já que a sua economia entrou em colapso e o país precisa, segundo estimativas do ministro das Finanças, Sergey Marchenko, de cerca de cinco mil milhões de euros por mês para cobrir o seu défice orçamental.

Na véspera da visita de Úrsula von der Leyen, o Presidente Volodymyr Zelensky visitou a cidade estratégica de Izium (na região de Kharkiv), recentemente recapturada aos russos, de onde prometeu a vitória dos ucranianos.

Zelensky sublinhou que “quase toda a região de Kharkiv foi libertada”, tendo sido reconquistadas “400 localidades” graças a uma contraofensiva ucraniana lançada no início de setembro.

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  • Cidadao
    15 set, 2022 Lisboa 19:25
    E deve apoiar-se sem reservas, o plano do futuro da Ucrânia marcadamente ligado ao Ocidente, que embora implicando a ajuda Ocidental em termos de investimentos maciços na industria de Defesa, partilha de Informações sobre movimentos de tropas Russas, fornecimento de material de guerra moderno assim como treino e exercícios militares conjuntos com tropas NATO/Ocidentais em território Ucraniano, abre as portas à Inclusão rápida da Ucrânia na UE, e quiçá na NATO, pois a não entrada era uma condição para não haver invasão. A partir do momento em que houve, a Ucrânia já não tem de "contentar" e ceder à Rússia, antes mostrar-lhe o dedo do meio. Esta, já veio dizer que se sente "ameaçada" por isso, mas na realidade, só está mesmo "ameaçada" se tentar invadir novamente a Ucrânia para capturar o País. Aí vai enfrentar um exército de 1 Milhão de soldados Ucranianos bem treinados e equipados com moderno armamento Ocidental, fora as forças expedicionárias dos Países que já se mostraram disponíveis para contribuir para a Defesa Ucraniana. Pelo que se tem visto da "eficiência" do exército Russo contra forças muito inferiores... a Rússia que se dedique à pesca e esqueça invasões.
  • Digo
    15 set, 2022 eu 18:54
    é bom uma clarificação de Quem é Quem, no xadrez Mundial e pelos vistos a China prefere juntar-se a Russias, Coreias do Norte, Sírias, Irãos, e outros estados malfeitores, mas claro, sem perder de vista os negócios vantajosos para ela cá pelas bandas do Ocidente. O típico "acender uma vela para Deus e outra para o Diabo. Mais cedo ou mais tarde, terá de escolher para que lado quer cair. Mas no entretanto, eu sugeria que se revissem as facilidades concedidas à China, em comprar empresas, principalmente as estratégicas, adquirir imobiliário e obter vistos de entrada no Ocidente. E claro, as empresas estratégicas em posse de acionistas chineses, devem ser recompradas ou nacionalizadas e se a China não gostar ... temos pena!

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