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UE compra mais 170 mil doses de vacinas contra o Monkeypox para distribuir ainda este ano

07 set, 2022 - 10:49 • Lusa

Apesar da diminuição de casos nas últimas semanas no espaço comunitário, "a ameaça não passou e não podemos baixar a nossa guarda", diz Comissão Europeia.

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A Comissão Europeia anunciou esta quarta-feira a aquisição de 170.920 doses adicionais da vacina contra o vírus Monkeypox, do laboratório dinamarquês Bavarian Nordic, para disponibilizar aos Estados-membros até ao final do corrente ano.

Em comunicado, o executivo comunitário aponta que esta aquisição eleva para 334.540 as doses de vacinas compradas diretamente pela União Europeia (UE) para distribuir entre os Estados-membros, assinalando que “ao longo das próximas semanas e meses” continuará a distribuir as vacinas já compradas aos países do bloco europeu e ainda Noruega e Islândia.

“Embora tenhamos assistido a uma diminuição dos casos de varíola dos macacos na UE durante as últimas semanas, a ameaça não passou, e não podemos baixar a nossa guarda. Temos de continuar a manter o ritmo dos nossos esforços para proteger os nossos cidadãos, especialmente os mais vulneráveis”, comentou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

Além das vacinas adquiridas e distribuídas pela União Europeia, através da HERA, a Autoridade de Preparação e Resposta a Emergências Sanitárias, vários Estados-membros também têm adquirido doses de vacinas diretamente junto de laboratórios.

De acordo com a Comissão Europeia, desde o início do surto até 01 de setembro foram notificados cerca de 18.463 casos de varíola dos macacos em 29 países da UE e do Espaço Económico Europeu (Noruega, Islândia e Liechtenstein).

Também a 01 de setembro, na anterior atualização semanal sobre a evolução da doença no país, a Direção-Geral da Saúde (DGS) anunciou que o número de casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox em Portugal subiu para 871, mais 25 do que o total registado na semana anterior. “Todas as regiões de Portugal continental e a Região Autónoma da Madeira reportaram casos, dos quais 625 (78,5%) na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo”, adiantou a DGS, segundo a qual a recente média de novos casos confirmados de infeção pelo vírus Monkeypox “corrobora a desaceleração observada na notificação e, por aproximação, da transmissão da infeção”.

Em 16 de julho foi iniciada a vacinação dos primeiros contactos próximos e, até quarta-feira, já tinham sido vacinadas 388 pessoas, adiantou o departamento liderado por Graça Freitas, ao assinalar que continuam a ser identificados e orientados para esse processo os contactos elegíveis nas diferentes regiões do país.

De 01 de janeiro a 30 de agosto, foram reportados à Organização Mundial da Saúde 47.751 casos confirmados e 302 casos prováveis de infeção humana pelo vírus VMPX em 101 países, tendo sido registadas 15 mortes.

Os sintomas mais comuns da infeção por Monkeypox, ou varíola do macaco, são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.

O vírus Monkeypox transmite-se por contacto físico próximo, nomeadamente com as lesões ou fluidos corporais, ou por contacto com material contaminado, como lençóis, atoalhados ou utensílios pessoais.

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