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Emissões dos incêndios na Europa atingem nível mais elevado em 15 anos

06 set, 2022 - 19:07 • Lusa

Combinação de uma onda de calor com condições de seca prolongada na Europa ocidental, resultaram no aumento da intensidade e persistência dos incêndios florestais.

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As emissões de gases com efeito de estufa provocadas pelos incêndios florestais na Europa atingiram este verão o valor mais elevado dos últimos 15 anos, revelam dados recolhidos pelo sistema de observação por satélite Copernicus.

Cientistas do Copernicus Atmosphere Monitoring Service (CAMS) afirmam que "incêndios devastadores na Europa este verão causaram as maiores emissões desde 2007".

Em informação divulgada hoje, o CAMS destaca que a combinação de uma onda de calor em agosto com condições de seca prolongada na Europa ocidental, resultaram no aumento da intensidade e persistência dos incêndios florestais.

O total de emissões causadas pelos incêndios florestais da União Europeia e do Reino Unido, entre 1 de junho a 31 de agosto de 2022, foi estimado em 6,4 megatoneladas de carbono, o nível mais elevado para esses meses desde o verão de 2007.

"As emissões registadas para o verão de 2022 foram em grande parte impulsionadas pelos devastadores incêndios florestais no sudoeste de França e na Península Ibérica, com França e Espanha a registarem as maiores emissões de incêndios florestais nos últimos 20 anos", anunciou o sistema europeu em comunicado.

O maior incêndio do ano em Portugal, até ao momento, deflagrou na Serra da Estrela e consumiu quase 30 mil hectares de mato e floresta.

Em outras regiões do hemisfério norte, habitualmente atingidas por picos de incêndios no verão, as emissões foram inferiores, apesar de alguns fogos devastadores.

O extremo leste da Rússia não foi tão fustigado pelo fogo como nos verões anteriores, mas regiões mais centrais e ocidentais da Rússia, "sofreram um número maior de incêndios florestais", que resultaram em vários dias de fumo intenso e "degradação da qualidade do ar".

"As emissões totais estimadas dos incêndios no Distrito Federal Central da Rússia foram as mais altas desde os grandes incêndios de turfa que afetaram o oeste da Rússia em 2010", lê-se no documento.

Na América do Norte, os incêndios florestais que começaram a lavrar no Alasca em maio continuaram até junho e início de julho, com grandes incêndios em Yukon e nos Territórios do Noroeste do Canadá.

No oeste dos Estados Unidos, a intensidade total diária de incêndios e as emissões totais sazonais foram "muito menores" para a Califórnia, Oregon, Washington, Idaho e Montana comparativamente aos verões de 2020 e 2021 e foram "mais típicas" para a época do ano, de acordo com o CAMS.

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