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Angola. Arrancou contagem de votos de processo eleitoral feito em "total de normalidade"

24 ago, 2022 - 20:39 • Lusa

O processo de contagem de votos decorre sob liderança dos presidentes das mesas de voto e na presença de secretários e delegados de lista. O presidente do PS, Carlos César, concluiu que o ato eleitoral "correu com alguma desenvoltura".

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A contagem de votos para as eleições gerais de Angola já começou nas assembleias de voto da capital angolana, maior praça política eleitoral do país, após o encerramento oficial do sufrágio às 17h00 locais.

O processo de contagem de votos decorre sob liderança dos presidentes das mesas de voto e na presença de secretários e delegados de lista.

À semelhança do que acontece na maior parte das assembleias, a contagem também decorria hoje ao início da noite na assembleia de voto 00070, instalada no Colégio Gregório Semedo, distrito da Maianga, como constatou a Lusa.

Pelo menos três mesas foram instaladas nesta assembleia e mais de 230 eleitores exerceram o seu direito de voto em cada mesa.

Após o processo de contagem, responsáveis de cada mesa e delegados de lista devem assinar uma ata, que vai ser afixada nesta assembleia com a indicação das preferências dos eleitores.

O escrutínio arrancou oficialmente às 07h00 (mesma hora em Lisboa). No total, foram disponibilizadas 13.338 assembleias de voto no país e no exterior.

Observadores portugueses destacam normalidade

Observadores portugueses que estão a acompanhar as eleições consideram que o processo eleitoral correu sem incidentes e com "total normalidade", correspondendo a "um passo em frente do ponto de vista da democratização" do país.

"Creio que estas eleições correspondem a um passo em frente do ponto de vista da democratização", disse o presidente do Partido Socialista (PS), Carlos César, observador convidado pelo Presidente da República de Angola e pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE).

Para o político socialista, a eleição está a correr "de forma razoavelmente próxima das visões mais otimistas que poderiam existir para o seu desfecho", e o facto de haver uma dúvida quanto ao vencedor "é sinal de que há um mínimo de densidade democrática no ato eleitoral".

O observador concluiu que o ato eleitoral "correu com alguma desenvoltura", recordando que pela primeira vez houve votação na diáspora e que o número de observadores internacionais foi "francamente aumentado e diversificado".

"Verifiquei ao longo do dia que os cadernos eleitorais estão acessíveis aos delegados que ali estão presentes, têm fotografias, as pessoas são identificadas com uma marca de tinta que não lhes permite a duplicação do voto, há delegados dos partidos políticos - de mais do que um partido político - em todas as mesas de voto do país", exemplificou.

O ex-ministro social-democrata José Luís Arnaut, observador convidado também pelo Presidente João Lourenço, disse, após acompanhar o dia eleitoral em cerca de 30 mesas de votos na região de Luanda e arredores e depois de falar com outros observadores em outras zonas do país, que "o processo correu com total normalidade".

"O que pude constatar do que eu vi com os meus olhos e do que auscultei dos presidentes das mesas de voto nas assembleias mais significativas aqui da região de Luanda (...) foi que o processo ocorreu com toda a normalidade e não foram assinalados nenhumas situações", disse.

O também social-democrata António Rodrigues, observador individual convidado da CNE, concordou que "tudo correu de acordo com o que estava programado e que constava de todas as indicações e instruções" da comissão eleitoral.

"Devo dizer que encontrei um processo eleitoral organizado de uma forma fantástica, extraordinariamente profissional, como não encontramos por exemplo em Portugal, e nada indica, pelo menos que nós tenhamos conhecimento, que alguma coisa tenha corrido incorretamente", afirmou.

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