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Fauci, o médico que enfrentou Trump, vai deixar a Casa Branca

22 ago, 2022 - 19:26 • Rosário Silva

Depois de décadas como principal especialista em doenças infeciosas no país, Fauci, com quase 82 anos, inicia uma nova fase na sua vida, mas não vai abandonar a medicina.

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Anthony Fauci, considerado um dos mais importantes especialistas em doenças infeciosas dos Estados Unidos e protagonista da task-force criada pela Casa Branca para responder à pandemia, vai deixar os cargos públicos, em dezembro, para "prosseguir o próximo capítulo" na sua carreira.

Fauci deixa o cargo de conselheiro médico Presidente dos Estados Unidos, assim como a direção do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas (NIAID, na sigla em inglês).

O anúncio foi feito esta segunda-feira, em comunicado, pelo próprio, no qual indica que, apesar destas saídas, não se vai aposentar.

“Anuncio hoje que deixarei os cargos de diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas (NIAID) e Chefe do Laboratório de Imunorregulação do NIAID, bem como do cargo de conselheiro médico do Presidente Joe Biden. Vou deixar esses cargos em dezembro deste ano para seguir o próximo capítulo da minha carreira", disse Fauci.

"Depois de mais de 50 anos de serviço governamental, pretendo seguir para a próxima fase da minha carreira, enquanto ainda tenho tanta energia e paixão pela minha área", adiantou, sem especificar o que será o seu futuro profissional.

"Foi a honra de uma vida inteira ter liderado o NIAID", disse, ainda, o médico de 81 anos.

Esta segunda-feira, o próprio Presidente Biden agradeceu-lhe pelo seu "espírito, energia, e integridade científica".

"Os Estados Unidos da América são mais fortes, mais resistentes, e mais saudáveis por causa dele", escreveu o presidente, numa curta declaração.

O médico que enfrentou Trump

Fauci associou-se, pela primeira vez, aos Institutos Nacionais de Saúde em 1968, quando Lyndon Johnson era ainda presidente.

Foi nomeado diretor do NIAID, o ramo das doenças infeciosas nacionais, em 1984, enquanto a epidemia de SIDA se espalhava.

Desde então, já serviu sete presidentes: do republicano Ronald Reagan ao democrata Joe Biden.

Foi, contudo, em 2020, com o início da pandemia, que se tornou o médico mais famoso dos Estados Unidos da América (EUA).

O especialista tornou-se presença frequente nos meios de comunicação social nos EUA e no estrangeiro, ao surgir como o rosto da luta americana contra o novo coronavírus.

Deste percurso fica também o registo das diversas vezes que discordou do então Presidente Donald Trump, sobre estas e outras questões ligadas à área da saúde.

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