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Estado Islâmico reivindica explosão que matou três pessoas em bairro xiita em Cabul

06 ago, 2022 - 21:27 • Lusa

O ataque ocorreu numa área residencial na zona ocidental de Cabul habitada principalmente por população da minoria xiita hazara.

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O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou este sábado o ataque em Cabul que matou pelo menos três pessoas e feriu 21, horas depois de ter reivindicado a responsabilidade por outro ataque na capital afegã que provocou oito mortos na sexta-feira.

“Os soldados do califado detonaram um dispositivo explosivo numa concentração de infiéis em Cabul”, referiu o grupo, citado pela agência noticiosa Efe, na plataforma Telegram.

O ataque ocorreu numa área residencial na zona ocidental de Cabul habitada principalmente por população da minoria xiita hazara.

O EI, composto por sunitas, assegurou ter matado 20 pessoas no ataque, embora as autoridades afegãs apenas contabilizem três mortos e 21 feridos.

Esta é a segunda explosão no mesmo bairro em menos de 24 horas, depois de uma bomba ter explodido num mercado na sexta-feira à tarde, matando, pelo menos, oito pessoas e ferindo outras 18, de acordo com o último relatório emitido pelo porta-voz talibã, Zabiullah Mujahid.

O EI considera os xiitas como sendo apóstatas, atacando-os com frequência, visando especialmente os seus locais de culto.

Em 21 de abril, o grupo extremista reivindicou a responsabilidade por um ataque bombista a uma mesquita xiita, que matou 12 pessoas e feriu 34 outras, quando decorria o período do Ramadão.

Nessa mesma semana, outras seis pessoas foram mortas e 15 feridas na sequência de um ataque bombista a várias escolas da minoria xiita hazara em Cabul ocidental.

Desde que chegaram ao poder em agosto de 2021, os talibãs lançaram várias operações contra o grupo Estado Islâmico em várias partes do país, numa tentativa de mostrar que o seu regresso ao poder pôs fim à violência no país.

A garantia de segurança e controlo do extremismo islâmico armado foi uma das principais notas da governação dos talibãs nos territórios sob o seu controlo durante a guerra com o governo deposto e as forças internacionais.

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