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Bolsonaro convida Marcelo para comemoração dos 200 anos da independência do Brasil

01 ago, 2022 - 15:26 • Lusa

A informação de que o Governo brasileiro convidou os Presidentes de países lusófonos para as festividades foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores. Celebração marcada para 7 de setembro.

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O Governo do Brasil convidou os chefes de Estado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) para as comemorações dos 200 anos da independência do país, em 7 de setembro, foi hoje anunciado.

A informação de que o Governo liderado pelo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, convidou os Presidentes de países lusófonos para as festividades foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores ao jornal Folha de S.Paulo.

"Até ao momento, foram convidados para as festividades do bicentenário da independência do Brasil apenas os chefes de Estado dos países de língua portuguesa", informou o ministério numa nota.

Fontes consultadas pelo jornal brasileiro disseram que o convite é relativo às festividades em Brasília, incluindo o desfile.

O Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, deverá participar do evento em Brasília. Não há confirmação ainda sobre a presença dos outros chefes de Estado da CPLP nas comemorações.

No sábado, durante o lançamento da candidatura do seu ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas ao governo regional de São Paulo, Jair Bolsonaro voltou a convocar apoiantes para celebrações dos 200 anos da independência, em 7 de setembro.

"No dia 7, estarei pela manhã em Brasília, com o povo na rua, com a tropa desfilando. À tarde, eu queria, como estive aqui no ano passado (...) sei que somos paulistas, mas todos nós somos brasileiros", disse Bolsonaro, no evento de confirmação da candidatura de Freitas realizado pelo partido Republicanos, em São Paulo.

"Sei que vocês queriam aqui, mas queremos inovar no Rio de Janeiro. Às 16h00 do 7 de setembro, pela primeira vez, as nossas Forças Armadas e as nossas irmãs, forças auxiliares, estarão desfilando na praia de Copacabana ao lado do nosso povo", acrescentou.

Esta não foi a primeira declaração do Presidente chamando seus apoiantes para atos nas ruas na comemoração da independência do Brasil.

No discurso do lançamento da sua candidatura à reeleição, em 24 de julho, o chefe de Estado brasileiro convocou seus apoiantes para irem às ruas "uma última vez" nessa data e, em seguida, atacou juízes que considera estarem agindo contra a sua reeleição.

"Nós somos a maioria, nós somos do bem, nós temos disposição para lutar pela nossa liberdade, pela nossa pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 07 de setembro, vá às ruas pela última vez", disse o Presidente brasileiro, na convenção do Partido Liberal (PL), que confirmou a sua candidatura, em 24 de julho.

"Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Têm que entender que quem faz as leis é o poder executivo e o poder legislativo", acrescentou Bolsonaro, referindo-se indiretamente a juízes do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considera agirem contra si e contra o seu Governo.

No ano passado, o Presidente brasileiro também convocou atos de apoio ao seu Governo em 7 de setembro.

Discursando em São Paulo, num protesto organizado em 07 de setembro de 2021, na Avenida Paulista, ponto central da cidade, Bolsonaro atacou juízes que considerou agirem contra o seu Governo e chegou a declarar que não aceitaria mais ordens judiciais do juiz do STF Alexandre de Moraes.

Dois dias depois, no meio de forte pressão em razão de temores de que suas ações levassem a uma rutura institucional, o chefe de Estado brasileiro divulgou uma carta pública escrita pelo ex-presidente brasileiro Michel Temer, em que voltava atrás e dizia nunca ter tido "nenhuma intenção de agredir quaisquer dos poderes".

"Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum", acrescentou no mesmo documento.

Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste são os nove Estados-membros da CPLP.

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