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Expansionismo

NATO quer mais parcerias e admite diálogo com a China

28 jul, 2022 - 14:37 • Lusa

Vice da aliança atlântica sublinha que a Rússia "não representa perigo único" e aponta entre as ameaças à estabilidade dos aliados o terrorismo e o crescimento do Nuclear.

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A vice-secretária-geral adjunta da NATO, Carmen Romero, defendeu esta quinta-feira a importância das parcerias para responder aos problemas geopolíticos e de segurança, não excluindo o diálogo com a China e apontando que a Rússia não é o único perigo.

No Eurafrican Forum, que decorre esta quinta-feira e sexta-feira em Carcavelos, elogiou um evento em que se fala precisamente de parcerias e o papel de Portugal da NATO, e deu como maior exemplo a "grande parceria" da instituição com a União Europeia.

Carmen Romero declarou que a NATO quer trabalhar, entre outras organizações, também com a União África e a ONU na prevenção de crises e estabilização da segurança, por exemplo.

Já a relação com Moscovo mudou, destacou Romero, e só pode voltar atrás se a Rússia parar imediatamente a agressão militar à Ucrânia.

"Sempre quisemos boas relações, não queremos confrontação, mas neste momento não pode ser olhada como parceiro", frisou, referindo-se à Rússia, que acusou de responsabilidade pela insegurança global e pela crise alimentar.

Mas a Rússia "não é o único perigo", disse Carmen Romero apontando entre outros o terrorismo, o crescimento do nuclear e ameaças à democracia.

Quanto à China, sublinhou a importância do diálogo com este país, referindo a projeção do seu poder, incluindo nuclear, em temas como o controlo de armamento e alterações climáticas.

O Eurafrican Fórum está organizado em torno de cinco eixos e conta com a participação do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, dos Presidentes de Portugal, de Cabo Verde e de São Tomé e Príncipe, e vários empresários e banqueiros portugueses e africanos.

Dividido em dois dias, o Eurafrican foi aberto pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e ainda esta quinta-feira há vários painéis dedicados à geopolítica e geoestratégia, saúde, educação e ciência, economia e emprego, transição energética e transformação digital e, por último, oceanos e economia azul.

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