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UE pede à China papel “mais construtivo” na guerra da Ucrânia

07 jul, 2022 - 13:28 • Lusa

Pequim deve parar com a “campanha de desinformação sobre as causas e as consequências económicas globais suscitadas” pela guerra.

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O alto representante da União Europeia para a política externa, Josep Borrell, pediu esta quinta-feira ao ministro dos Negócios Estrangeiro da China, Wang Yi, que o país desempenhe um papel "mais construtivo" na guerra da Ucrânia.

Numa reunião bilateral em Nusa Dua, na Indonésia, por ocasião da reunião entre os altos diplomatas dos países membros do G20, Borrell “pediu à China que desempenhe um papel mais construtivo” na invasão da Ucrânia pela Rússia e que pare com a “campanha de desinformação sobre as causas e as consequências económicas globais suscitadas” pela guerra.

Segundo uma mensagem de Borrell na sua conta oficial na rede social Twitter, o chefe da diplomacia europeia abordou também com Wang o estado atual das relações China — União Europeia.

Borrell destacou no dia anterior, ao chegar à Indonésia, o apoio da UE a “soluções multilaterais para problemas globais”.

“Apoiamos a presidência do G20 para encontrar soluções multilaterais para os problemas globais, o que permanece tão necessário como sempre, enquanto a guerra da Rússia contra a Ucrânia destrói os fundamentos da ordem baseada em regras”, afirmou Borrell, após uma reunião com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Indonésia, Ibu Retno, cujo país detém a presidência do G20.

Borrell participa hoje e sexta-feira, em nome da UE, na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20, que se realiza durante a presidência indonésia sob o lema “Recuperar Juntos, Recuperar Mais Forte”.

A reunião ocorre numa altura em que as consequências socioeconómicas da pandemia são “exacerbadas pela guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, que causou um choque na economia mundial”, referiu a Comissão Europeia, em comunicado, na quarta-feira.

O encontro vai incidir sobre a “necessidade de manter e revitalizar o multilateralismo” e de abordar os “desafios urgentes da segurança energética e alimentar”, lê-se na mesma nota.

Na reunião, o alto representante vai aproveitar para recordar que as circunstâncias atuais precisam “mais do que nunca de multilateralismo e de soluções globais”, segundo Bruxelas.

“A UE apoia os seus parceiros para trabalhar em busca de soluções comuns e enfrentar desafios juntos”, adiantou.

Borrell tem prevista uma série de reuniões bilaterais com os ministros dos Negócios Estrangeiros de países de diferentes continentes, para discutir questões regionais e bilaterais e o impacto global da guerra da Rússia contra a Ucrânia, em particular, na segurança alimentar.

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