Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Reino Unido

Trabalhistas ameaçam apresentar moção de censura para afastar Boris Johnson

07 jul, 2022 - 14:45 • Lusa

O primeiro-ministro britânico renunciou à liderança do Partido Conservador mas só abandona cargo de primeiro-ministro quando sucessor for escolhido em outubro.

A+ / A-

O líder do Partido Trabalhista britânico, Keir Starmer, disse esta quinta-feira que Boris Johnson não deveria ter permissão para “se agarrar” ao Governo temporariamente e ameaçou apresentar uma moção de censura para o remover do poder.

O primeiro-ministro, Boris Johnson, concordou hoje em renunciar ao cargo depois de mais de 50 membros do seu executivo se terem demitido em protesto contra os escândalos que marcaram o seu mandato nos últimos meses.

Boris demite-se, após debandada no Governo. "O instinto de rebanho é poderoso"
Boris demite-se, após debandada no Governo. "O instinto de rebanho é poderoso"

No entanto, Starmer, líder do principal partido da oposição britânica, pediu que Johnson não seja autorizado a permanecer no Governo enquanto é escolhido um novo líder conservador, que se tornará automaticamente primeiro-ministro.

“O seu próprio partido chegou finalmente à conclusão de que ele não está apto para ser primeiro-ministro, não deveriam poder agora impô-lo ao país durante os próximos meses”, disse Starmer em declarações à imprensa.

“Se eles não se livrarem dele, o Partido Trabalhista vai, no interesse nacional, apresentar uma moção de censura [na Câmara dos Comuns] porque não podemos continuar com este primeiro-ministro durante meses”, acrescentou.

Enquanto aguarda a eleição do novo líder do Partido Conservador, processo que levará várias semanas, Boris Johnson deu início à nomeação dos ministros que compõem o novo executivo interino, para que não haja lacunas de poder no Reino Unido.

Desde que Rishi Sunak e Sajid Javid renunciaram, na terça-feira, aos cargos de ministros da Finanças e da Saúde, respetivamente, Boris Johnson enfrentou uma catadupa de renúncias, incluindo de ministros e secretários de Estado.

Hoje, o primeiro-ministro aceitou apresentar a sua demissão, após uma conversa com Graham Brady, presidente da Comissão de 1922 - que reúne deputados conservadores sem pastas -, para decidir os passos a dar, já que é esta comissão que estabelece o calendário para escolher o substituto de Johnson.

Espera-se que o novo líder conservador seja eleito quando o congresso anual do partido for realizado, entre 02 e 05 de outubro, na cidade inglesa de Birmingham.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+