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Boris Johnson vai renunciar mas quer ficar até à eleição de novo líder conservador

07 jul, 2022 - 09:17 • Olímpia Mairos

Esta manhã, mais seis ministros abandonaram o Governo. No total já são mais de 50 demissões.

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A BBC está a avançar que Boris Johnson concordou em demitir-se esta quinta-feira, mas quer permanecer como primeiro-ministro até que novo líder do Partido Conservador seja eleito no outono. Está previsto que faça uma declaração ao país antes de almoço.

Segundo um porta-voz de Downing Street, citado pela Sky News, Boris vai falar ao país ainda esta quinta-feira. A declaração deverá acontecer ainda antes da hora de almoço.

Ainda ontem, quarta-feira dia 6 de julho, o primeiro-ministro recusou os apelos de alguns dos seus ministros para se demitir.

Num encontro à noite, uma delegação de ministros tentou persuadir Boris Johnson a demitir-se, o que foi rejeitado. O governante disse querer ficar no cargo para se concentrar nas “questões extremamente importantes” que o país enfrenta, segundo uma fonte do executivo citada pela Sky News.

Em dois dias, mais de 50 saídas

Já são mais de 50 as demissões no Governo britânico relacionadas com o descontentamento provocado por vários escândalos. Ainda, esta manhã, mais seis ministros abandonaram o executivo de Johnson.

O ministro da Tecnologia renunciou, argumentando não poder continuar dada a importância da 'integridade, honestidade e confiança' na política. Na carta de demissão, Chris Philp diz que não pode mais servir Boris Johnson.

Também o ministro da Segurança britânico renunciou esta quinta-feira, dizendo que o país precisava da saída do primeiro-ministro Boris Johnson para restaurar a confiança na democracia. "Mais importante do que qualquer Governo ou líder são os padrões que defendemos na vida pública e a fé na nossa democracia e administração pública", disse Damian Hinds na sua carta de renúncia a Johnson, citada pela Reuters.

“Por causa da séria erosão nestes dias, cheguei à conclusão de que a coisa certa para o nosso país e para o nosso partido é que você renuncie como líder do partido e primeiro-ministro”, escreveu.

Já o ministro britânico para a Irlanda do Norte, Brandon Lewis, um dos membros chave do gabinete do Primeiro-ministro, demitiu-se esta quinta-feira, em protesto contra a continuidade do líder do Governo. O governante “lamenta profundamente” ter de deixar o Governo, argumentando que era a decisão necessária por parte de um Governo a quem se exige “honestidade, integridade e mútuo respeito”.


À onda de saídas , junta-se a renuncia de Caroline Johnson ao cargo de vice-presidente do partido conservador. Na carta de demissão, a deputada conservadora diz que não chegou à decisão “levemente” e que foi um “privilégio” servir.

“É com grande tristeza, no entanto, que reconheço que ao longo do tempo o efeito cumulativo de seus erros de julgamento... desperdiçou a boa vontade de nosso grande partido”, escreveu Johnson ao primeiro-ministro. “Acredito que tentar ficar quando está escrito na parede só pode prejudicar nosso partido e, portanto, nosso país.”

Apenas 36 horas depois de ter sido nomeada como a nova responsável pela pasta da Educação, Michelle Donelan decidiu apresentar a renúncia ao cargo. Já o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, apelou a Boris Johnson para sair.

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