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EUA dizem não ter planos de reforço na Base das Lajes

02 jul, 2022 - 09:51 • Lusa

Washington mantém a base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, que pode ser utilizada para operações militares no âmbito da NATO, segundo o Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos.

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O Departamento de Defesa norte-americano não tem planos de reforço da sua presença militar na Base das Lajes e pretende manter a "parceria frutífera" naquela base açoriana, indicou à Lusa fonte governamental norte-americana.

"O Departamento de Defesa não está a planear qualquer mudança na postura atual da força militar na Base das Lajes", disse fonte do Departamento de Estado, em resposta por escrito à agência Lusa, poucos dias depois de o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ter anunciado o reforço da presença militar em países como Espanha, Itália, Reino Unido ou Alemanha.

"O Departamento de Defesa espera dar continuidade a esta parceria frutífera na Base das Lajes", lê-se na resposta, onde é acrescentado que não existem atualmente "planos para diminuir o pessoal" norte-americano nos Açores.

No entanto, segundo o Departamento de Estado, "a USAF determinou que o atual contingente do 65.º Destacamento é inferior ao justificado, dadas as condições locais e as operações correntes", prevendo-se a abertura de 45 vagas apenas para "responder a requisitos operacionais atuais", e sem "representar qualquer missão operacional ou futuro aumento" da presença militar.

"O anúncio da USAF apenas autoriza a divulgação das posições. A aprovação do financiamento [para o efeito] tem de ser concedida através do processo orçamental do Departamento de Defesa, antes de se poder proceder às contratações", é ainda indicado.

"O aumento de 45 funcionários irá responder a este desequilíbrio entre os requisitos da missão e os recursos humanos disponíveis. As 45 posições irão incluir uma mistura de oficiais da USAF e de alistados, assim como de posições para civis portugueses", é indicado.

Washington mantém a base das Lajes, na ilha Terceira, nos Açores, que pode ser utilizada para operações militares no âmbito da NATO, segundo o Acordo de Cooperação e Defesa entre Portugal e os Estados Unidos.

No entanto, a partir de 2015 houve uma redução tanto da área da base das Lajes como do efetivo norte-americano, de 650 para 165 militares, decisão que implicou também o despedimento de mais de 400 funcionários.

O Departamento de Estado realça que "a presença nas Lajes do 65.º Destacamento da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF, na sigla em inglês) permite operações aéreas militares e comerciais no Aeroporto das Lajes, um dos três únicos aeroportos internacionais dos Açores" e que esta unidade presta diversos apoios a nível local, nomeadamente na navegação de aeródromos, resgate e emergências médicas.

Segundo o Departamento de Estado, "em colaboração com a Força Aérea Portuguesa, a USAF também apoia o controlo do tráfego aéreo e a segurança dos aeródromos".

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