Tempo
|
A+ / A-

Rússia diz que guerra só acaba quando ucranianos se renderem

28 jun, 2022 - 13:51 • Lusa

Guerra pode terminar num dia, disse porta-voz do Kremlin. Basta que os ucranianos se rendam e aceitem "todas as condições" russas.

A+ / A-

A Rússia anunciou hoje que só terminará a sua ofensiva na Ucrânia, iniciada há mais de quatro meses, quando as autoridades de Kiev e o exército ucraniano se renderem e aceitarem "todas as condições" russas.

"O lado ucraniano pode terminar [a guerra] dentro de um dia", disse o porta-voz do Kremlin (Presidência russa), Dmitri Peskov, citado pela agência noticiosa francesa AFP.

Para isso, segundo Peskov, basta as autoridades de Kiev ordenarem às "unidades nacionalistas" e aos soldados ucranianos que deponham as armas, e que "todas as condições estabelecidas pela Rússia" sejam implementadas.

"Então, tudo estará terminado num dia", disse o porta-voz do Presidente russo, Vladimir Putin, aos jornalistas em Moscovo.

Peskov reagia ao apelo do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aos líderes do G7 para que tudo façam no sentido de a guerra terminar antes do final do ano, devido ao inverno rigoroso na Ucrânia.

Os líderes dos sete países mais industrializados (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e da União Europeia (UE) terminam hoje uma reunião em Elmau, no sul da Alemanha, que antecede a cimeira da NATO, em Madrid.

Segundo Peskov, não foi estabelecido qualquer prazo ou calendário do lado russo para pôr termo ao que Moscovo designa oficialmente como uma "operação militar especial" na Ucrânia.

"Somos guiados pelas declarações do nosso Presidente", disse.

Peskov assegurou novamente que "a operação militar especial está a decorrer de acordo com o planeado".

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro para "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho, acusando Kiev de alegado genocídio de populações de língua russa na região do Donbass (leste).

Inicialmente, a ofensiva atingiu as principais cidades do país, incluindo Kiev, mas a resistência das forças ucranianas levou a Rússia a rever as suas ambições e a concentrar-se no Donbass, onde se situam as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    28 jun, 2022 Lisboa 13:52
    As coisas foram longe demais para agora acabarem numa rendição incondicional, principalmente numa altura em que o material pesado Ocidental começa a chegar à frente de batalha, a superioridade russa diminui de dia para dia, território dentro da Rússia já foi atacado e destruído, e a transição para material de guerra moderno Ocidental, está a caminho de ficar concluída. Sim, a Rússia tem conseguido êxitos no terreno, embora à custa de pesadas baixas. Vamos ver se mantém o território conquistado depois do contra-ataque geral que a Ucrânia prepara, desta vez já com material pesado Ocidental. Quanto à rendição incondicional que o russo quer, os Ucranianos devem estar a mostrar-lhe o dedo do meio.
  • Glória à Ucrânia
    28 jun, 2022 De Portugal 13:38
    Espera por isso deitado, que sentado arranjas calos, oh Russo.

Destaques V+