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Biden diz que a NATO está a fortalecer-se em "terra, mar e ar"

28 jun, 2022 - 19:00 • Lusa

Esta será uma "cimeira verdadeiramente histórica", que ocorre num "momento chave" para a NATO, depois da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro passado, afirma o Presidente dos Estados Unidos.

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O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse hoje que a "unidade transatlântica" é "a maior força" contra a Rússia e que a NATO está a fortalecer-se em "terra, mar e ar" para responder a ameaças.

Biden falava ao lado do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, no final de um encontro entre os dois à chegada do Presidente norte-americano a Madrid para participar na cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que decorre na quarta e na quinta-feira na capital espanhola.

Esta será uma "cimeira verdadeiramente histórica", que ocorre num "momento chave" para a NATO, depois da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro passado, afirmou Biden.

"A unidade transatlântica continuará a ser a nossa maior força na resposta à Rússia", acrescentou, antes de defender que os países membros da aliança militar entre a Europa e a América do Norte devem manter-se unidos nas sanções a Moscovo e no apoio à Ucrânia, nomeadamente no aumento das capacidades de defesa de Kiev e das de dissuasão e defesa da própria NATO.

O Presidente norte-americano destacou que os Estados Unidos têm aumentado as suas forças militares na Europa este ano e, em concreto, na Europa do leste, tal como outro aliados.

O reforço dessa presença de tropas e equipamentos vai ser debatido durante a cimeira, segundo Biden, que afirmou que os estados-membros da Aliança Atlântica estão a fortalecer a NATO "contra as ameaças do leste e os desafios do sul", numa abordagem de "360 graus", olhando para todas as regiões vizinhas.

"A NATO está focada em todos os domínios e em todas as direções, terra, mar e ar", acrescentou.

Em concreto com Pedro Sánchez, o Presidente dos Estados Unidos acordou aumentar o número de barcos de guerra e militares norte-americanos na base de Rota, no sul de Espanha.

Espanha e os Estados Unidos assinaram hoje uma nova declaração conjunta que prevê também cooperação na América latina, para "impulsionar uma agenda positiva", nas palavras de Sánchez.

O primeiro-ministro espanhol congratulou-se por os EUA e a NATO estarem a "reforçar o flanco leste", na resposta à ameaça russa, mas também "a reconhecerem as ameaças do flanco sul", com a tal "estratégia de 360 graus", referindo, em concreto, a região africana do Sahel.

Espanha, como outros países do sul da Europa, têm chamado a atenção para estes desafios e ameaças do sul (Médio Oriente e Norte de África), relacionadas como fluxos de imigração ilegal e movimentos terroristas, reclamando que a NATO não os ignore apesar do protagonismo assumido pelo leste europeu, com a guerra na Ucrânia.

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  • Cidadao
    28 jun, 2022 Lisboa 19:07
    Estou com curiosidade de ver é como, por cá, o Costa e a Helena, vão descalçar a bota do grande aumento de efetivos que esta passagem de 40 000 para 300 000 vai exigir do lado Português. Ah, pois, meus amigos, multiplicar quase por 8 os efetivos em prontidão atuais, significa no nosso caso deixar de contribuir com 1000 efetivos, para passar a contribuir com o mínimo de 7000... Já estou a ver muita gente aos berros quando o Social levar um rombo, para se arranjar um exército minimamente capaz. É que não são 7000 : são 7000 no ativo e outros tantos a treinar para os substituir, isto se não forem ao esquema clássico da "divisão em 3" que aí são precisos 21 000, consoante ativos/disponibilidade/reserva ... Pois é, a Liberdade e segurança custam. Nós cá na Europa é que estávamos habituados a deixar isso para os "camones" e ficar por cá com o Social... O Costa deve pedir para isso ser só "daqui a 10 anos" mas tenho a impressão que apenas vão rir-se dele.

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