Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Guerra na Urânia. Putin ameaça atacar novos alvos se Ocidente fornecer mísseis de longo alcance

05 jun, 2022 - 12:06 • Lusa

O líder russo não especifica quais os alvos que poderiam estar em causa.

A+ / A-

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, advertiu este domingo que Moscovo atacará novos alvos se o Ocidente fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia, dizendo que as atuais entregas de armas têm por objetivo "prolongar o conflito".

“Tiraremos as conclusões apropriadas e utilizaremos as nossas armas (...) para atacar locais que até agora não visámos", afirmou o líder russo, citado por agências noticiosas do país, sem especificar, porém, quais os alvos que poderiam estar em causa.

Esta mensagem surge no dia em que voltaram a verificar-se ataques em Kiev, com o presidente da câmara da capital ucraniana a afirmar que várias explosões abalaram a cidade esta manhã.

"Várias explosões nos bairros de Darnytsky e Dniprovsky da cidade. Os bombeiros estão a extinguir as chamas", escreveu Vitali Klitschko numa mensagem difundida na plataforma Telegram.

Já o Estado-maior das forças armadas ucranianas salientou através da rede social Facebook que “o agressor continua a lançar mísseis e a realizar ataques aéreos contra as infraestruturas militares e civis do país, sobretudo em Kiev".

Há vários alertas de ataques aéreos em muitas outras cidades ucranianas, de acordo com as autoridades ucranianas, enquanto em Severodonetsk, no leste do país, prosseguem os "combates de rua".

A cidade permanece no centro da ofensiva russa na bacia mineira do Donbass, no leste da Ucrânia, zona sob controlo parcial dos separatistas pró-russos desde 2014 e que Moscovo espera conquistar na totalidade.

A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de quatro mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • digo eu
    06 jun, 2022 Mundo 15:06
    Cão que ladra, não morde. Do que restam cada vez menos dúvidas, é que as dificuldades russas no terreno avolumam-se e o Putin já quer negociações para salvar o que pensa ter conquistado - como se a Ucrânia alguma vez aceitasse uma anexação ou ficar sem território que equivale a metade da dimensão de Itália - ou que os seus fantoches falando em evitar a "fome mundial" pressionem a Ucrânia a ceder, ou o Ocidente a deixar de a apoiar. Não vai ter sorte nenhuma nem numa coisa nem noutra
  • Cidadao
    05 jun, 2022 Lisboa 13:23
    Ele não precisa de ameaçar, pois já sabemos que é só dar-lhe na tola para disparar, e ele faz isso sem remorsos ou pesar. Mas a uma ameaça, a NATO e o Ocidente deve responder com outra: "Putin, atreve-te a disparar, nem que seja "por engano", sobre um País da NATO ou que esteja para entrar na NATO, e aí vais ter uma Guerra a sério, como nunca imaginaste. O aviso ficou feito, Russo". É assim que se trata com tipos como Putin.

Destaques V+