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​EMA estuda vacina da varíola humana para casos de Monkeypox

02 jun, 2022 - 17:06 • Núria Melo , Hugo Monteiro

O regulador de medicamentos da União Europeia está em conversações com a fabricante de vacinas Bavarian Nordic sobre dados de testes que podem sustentar o alargamento do uso da vacina Imvanex para casos de varíola dos macacos.

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Varíola dos Macacos. Que doença rara é esta que está a crescer em Portugal?
Varíola dos Macacos. Que doença rara é esta que está a crescer em Portugal?

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) avança para estudos com a fabricante Bavarian Nordic sobre o uso da vacina Imvanex, aprovada para casos de varíola humana, em casos de infeção por varíola dos macacos.

Marco Cavaleri, responsável pela área das vacinas da EMA, confirma haver dados de ensaios que podem justificar uma extensão do uso deste fármaco.

"Esta vacina está atualmente autorizada apenas para proteção contra a varíola. No entanto, os dados recolhidos em estudos em animais mostram eficácia também na prevenção de infeções pelo vírus Monkeypox", explica.

Em conferência de imprensa, Marco Cavaleri sublinhou, ainda, que este é um vírus que não se transmite facilmente entre as pessoas.

"O risco para a população em geral de contrair a doença é baixo e não é previsível um aumento massivo de casos", refere o responsável.

Em declarações à Renascença, Miguel Prudêncio do Instituto de Medicina Molecular, admite que "a vacinação incidirá nos grupos de risco e profissionais de saúde".

O investigador explica que como a vacina já foi aprovada para a varíola humana é mais fácil ser aprovada para a Monkeypox.

Questionado sobre se o aumento de contágios em Portugal se pode comparar a uma transmissão em massa como se verificou com a Covid-19, o investigador explica que "não é de se esperar uma dimensão idêntica, já que a forma de transmissão é muito diferente".

Miguel Prudêncio alerta para a importância de se identificar as cadeias de transmissão o mais rápido possível.

Uma vez aprovada esta vacina, o investigador explica que se prevê que seja administrada a "profissionais de saúde e pessoas com contactos próximos de infetados, a chamada vacinação em anel".

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