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Adesões à NATO. Haverá “espaço de diálogo para ultrapassar divergências”, diz Costa

19 mai, 2022 - 10:08 • José Pedro Frazão enviado especial à Roménia

O primeiro-ministro está de visita à Roménia, onde já manifestou disponibilidade para reforçar as forças portuguesas em missões na Europa de Leste.

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António Costa acredita que as divergências sobre a adesão da Finlândia e da Suécia à NATO acabarão por ser ultrapassadas.

Depois da objeção da Turquia, agora é a Croácia que ameaça vetar as novas adesões, mas António Costa considera que as entradas dos dois países reforçam aquilo que classifica como "derrota estratégica" da Rússia – “quando pensava que enfraqueceria a União Europeia e dividiria a NATO, a verdade é que tem a União Europeia sabido demonstrar uma unidade reforçada e a NATO se tem vindo a reforçar, designadamente agora com o pedido de adesão da Suécia e da Finlândia”.

O primeiro-ministro português lembra que as adesões têm de passar pela aprovação de cada Estado-membro, mas mostra-se confiante de que, “seguramente encontrarão o espaço de diálogo diplomático adequado para ultrapassar as divergências ou as dúvidas que existam”.

Portugal confortável na Roménia

Portugal e Roménia têm trabalhado em conjunto e, por isso, os militares portugueses sentem-se "confortáveis" neste território, afirmou Costa nesta quinta-feira em Bucareste.

“Não nos cabe escolher as missões que nos são confiadas, mas as que nos são confiadas na Roménia têm um trabalho prévio que tem sido desenvolvido pelos dois países, de conhecimento mútuo, de trabalho em conjunto e, portanto, é uma área onde nos sentimos confortáveis no desempenho desta missão”, garantiu.

No âmbito desta visita, os dois países já assinaram um acordo bilateral de cooperação na área da Defesa.

Neste momento, Portugal participa numa missão NATO de reforço da capacidade de dissuasão no flanco sudeste da Aliança. Os 221 militares portugueses aquartelados em Caracal recebem esta tarde a visita de António Costa.

Na presença do seu homólogo romeno, o primeiro-ministro manifestou disponibilidade para reforçar as forças portuguesas em missões na Europa de Leste.

“Estamos às ordens do comando europeu da NATO e, se assim for considerado necessário e adequado pelo comando europeu da NATO, não só teremos capacidade para manter as forças que temos como para reforçar para novas missões”, garantiu.

Após a visita às tropas portuguesas na Roménia, Costa parte para a Polónia, onde permanecerá até sexta-feira. Em Varsóvia, irá marcar presença num jantar com empresários portugueses.

António Costa deverá depois seguir para Kiev, capital ucraniana.

Comentários
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  • Digo
    19 mai, 2022 Eu 14:16
    Vetem à vontade, há tantas maneiras de tornear esse veto, que até chateia, desde a celebração de um sem-numero de acordos militares e de cooperação bilaterais que tornam a Finlândia e a Suécia membros da NATO sem o serem, até cortar alguns apoios à Turquia - a Croácia não entra nas contas, pois quem quer vetar é quem não tem poder para o fazer. Quando Erdogan vir que o bluff não resulta e o "cheque" não vai aparecer antes pelo contrário, retira logo as objeções que diz que tem.
  • Cidadao
    19 mai, 2022 Lisboa 13:19
    Não é a Croácia que ameaça vetar a entrada, mas o Presidente fantoche de Moscovo que o quer fazer, embora ele próprio reconheça que a decisão não passa por ele, mas pelo parlamento que é favorável à entrada, pelo que na prática não tem poder para vetar o que quer que seja. E a Turquia está a fazer-se cara, mas só à espera do "cheque habitual"

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