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Rússia está a aumentar ataques aéreos para compensar falhas no terreno

18 mai, 2022 - 07:35 • Lusa

A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas, cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,2 milhões para os países vizinhos.

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O Presidente ucraniano explica que as regiões fronteiriças da Ucrânia foram alvo de "atividade de sabotagem" russa, sublinhando ainda que as regiões de Sumy e Chernihiv, no nordeste, também foram atacadas com mísseis.

As forças russas estão a realizar mais ataques aéreos contra a região de Lugansk, no leste, e a atingir com mísseis a região ocidental de Lviv, para compensar as falhas do Exército, adiantou esta o Presidente ucraniano.

Volodymyr Zelenskiy explicou, na sua mensagem de vídeo noturna, que as regiões fronteiriças da Ucrânia foram alvo de "atividade de sabotagem" russa, sublinhando ainda que as regiões de Sumy e Chernihiv, no nordeste, também foram atacadas com mísseis.

"Tudo isto não está apenas a criar tensão para o nosso lado, não é apenas um teste à nossa força. Esta é uma espécie de tentativa de compensar o Exército russo por uma série de falhas no leste e no sul do nosso país", salientou.

O governante apontou que as forças russas são incapazes de demonstrar qualquer sucesso nas áreas onde estão a tentar atacar. Portanto, "eles estão a tentar mostrar sucesso através dos seus mísseis e outras atividades, mas também sem nenhum efeito", acrescentou.

"Estes ataques, como muitos anteriores, não mudam nada fundamentalmente. Além disso, as nossas capacidades de defesa aérea e de antisabotagem estão a ficar mais fortes", referiu ainda.

A guerra na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas - cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,2 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa - justificada por Putin com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

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