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Autópsia ao corpo de João Rendeiro já foi realizada

17 mai, 2022 - 14:01 • Lusa com Redação

Autoridades sul-africanas recolheram provas para a investigação às causas de morte do ex-banqueiro na cela da prisão de Westville, onde estava detido desde dezembro do ano passado.

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A autópsia do antigo presidente do BPP João Rendeiro foi realizada esta terça-feira por uma médica especialista forense sul-africana na presença da polícia da África do Sul (SAPS), disse fonte da morgue à Lusa.

Durante o procedimento médico, coadjuvado por técnicos da morgue de Pinetown, subúrbios da cidade portuária de Durban, os agentes da polícia sul-africana recolheram provas fotográficas para a investigação policial em curso às causas da morte do ex-banqueiro português na cela da prisão de Westville, onde se encontrava detido desde dezembro de 2021, adiantou.

A fonte disse ainda à Lusa que o corpo de João Rendeiro se encontra na morgue “pronto para ser recolhido”, acrescentando que a instituição “não tem ideia quem o irá fazer, se algum familiar ou as autoridades portuguesas”.

Rendeiro, de 69 anos, foi encontrado morto na quinta-feira na prisão de Westville, avançou em comunicado o Departamento de Serviços Penitenciários, excluindo o envolvimento de terceiros no caso. O corpo do ex-banqueiro foi reconhecido no dia seguinte pelo cônsul-honorário de Portugal em Durban, Elias de Sousa, que no sábado voltou à morgue para tratar de documentação relacionados com o caso.

"Ele estava numa cela única quando se enforcou. Foi depois de trancado, portanto, ninguém podia estar envolvido ou ter acesso a ele", explicou à Lusa o porta-voz dos serviços prisionais da África do Sul, Singabakho Nxumalo.

O Ministério Público já esclareceu que vai manter a sessão preparatória do julgamento da extradição de João Rendeiro, agendada para dia 20, sexta-feira, para apresentar o certificado de óbito do ex-banqueiro e encerrar as diligências do processo de extradição.

João Rendeiro estava detido na na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal. O antigo presidente do BPP foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

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