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Adesão à NATO da Suécia e Finlândia “não faz muita diferença”, diz Lavrov

17 mai, 2022 - 10:50 • Olímpia Mairos

O ministro russo adverte, no entanto, que a Rússia vai olhar com mais atenção para a forma como o território destes dois países vai ser utilizado.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros russo desvalorizou esta terça-feira os pedidos de adesão da Finlândia e da Suécia à NATO, afirmando que os dois países já costumam participar em exercícios militares com a aliança.

“A Finlândia e a Suécia, assim como outros países neutros, participam de exercícios militares da NATO há muitos anos”, disse Sergei Lavrov, citado pela agência Reuters.

Reiterando que a formalização do pedido de adesão “não faz muita diferença”, o ministro sublinha que Moscovo vai olhar com mais atenção para a forma como o território destes dois países vai ser utilizado na prática.

“A NATO leva seu território em consideração ao planear avanços militares para o leste. Então, nesse sentido, provavelmente não há muita diferença. Vamos ver como seu território é usado na prática na aliança do Atlântico Norte”, acrescenta o ministro russo.

Na segunda-feira, a Suécia juntou-se à Finlândia no caminho para a adesão à NATO.

Segundo a primeira-ministra sueca, Magdalena Andersson numa conferência de imprensa, citada pela “Reuters”, o país decidiu avançar por ser “o melhor para a segurança da Suécia e do povo sueco”.

A 15 de maio foi a vez da Finlândia formalizar a adesão, considerando que “a adesão à NATO fortaleceria a segurança” do país. "Este é um dia histórico. Uma nova era começou", disse o Presidente finlandês, Sauli Niinistö, numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra, Sanna Marin.

A Turquia já avisou que vetará a entrada da Finlândia e da Suécia na NATO se estes países mantiverem a sua política de “acolhimento de guerrilheiros curdos”.

“Estes dois países não têm uma posição clara contra as organizações terroristas. Inclusive quando dizem que são contra elas, não entregam os terroristas que deveriam entregar. Não podem enganar-nos duas vezes", disse o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

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