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Sexto pacote de sanções à Rússia volta a ser discutido em Bruxelas

16 mai, 2022 - 05:32 • Lusa

Embora sem expetativa de um entendimento definitivo, os chefes da diplomacia europeia reúnem, nesta segunda-feira, com o embargo à energia russa na ordem de trabalhos. O encontro contará com a participação do MNE ucraniano.

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Enquanto os 27 Estados-membros da União Europeia (UE) tentam aprovar novas sanções à Rússia, a invasão militar russa da Ucrânia volta a ser debatida, em Bruxelas, nesta segunda-feira.

A reunião, que se inicia pelas 11h00 (10h00 em Lisboa), tem como pontos de agenda uma análise dos "mais recentes acontecimentos da agressão russa contra a Ucrânia" e uma "troca de pontos de vista informal” sobre esta matéria

A reunião dos 27 chefes da diplomacia europeia, que contará também com a participação do ministro português, João Gomes Cravinho, acontece numa altura em que a UE tenta negociar um embargo energético gradual à Rússia, no âmbito do sexto pacote de sanções ao regime de Moscovo, apresentado pela Comissão Europeia no início de maio, não se prevendo, porém, um acordo neste encontro.

No domingo, após participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Berlim, João Gomes Cravinho garantiu que Portugal poderia "fechar amanhã a torneira do gás ou do petróleo russo", embora essa não seja a situação de todos os Estados-membros.

Em debate estará o sexto e novo pacote de sanções contra a Rússia, após a Comissão Europeia ter abrangido, no anterior conjunto de medidas restritivas, a proibição da importação de carvão.

O pacote mais recente, apresentado por Bruxelas há duas semanas, prevê uma eliminação total e gradual da importação de todo o petróleo russo para assim reduzir a dependência energética europeia face à Rússia, estipulando também uma derrogação de um ano suplementar para Hungria e Eslováquia.

A guerra na Ucrânia expôs a excessiva dependência energética da UE face à Rússia, que é responsável por cerca de 45% das importações de gás europeias. A Rússia também fornece 25% do petróleo e 45% do carvão importado pela UE.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, irá participar na reunião desta segunda-feira, assim como a ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly", esta última em Bruxelas, para uma reunião ministerial UE-Canadá.

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