Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Rússia anuncia exercício militar com disparo de mísseis nucleares

05 mai, 2022 - 02:39 • Lusa

Tropas de Moscovo treinaram ataques contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, aeródromos, infraestruturas protegidas, equipamento militar e postos de comando de um inimigo fictício.

A+ / A-

O Exército russo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear no enclave russo de Kaliningrado, entre a Polónia e a Lituânia. A informação foi revelada nesta quarta-feira pelo Ministério da Defesa da Rússia.

As manobras militares neste enclave no mar Báltico, entre a Polónia e a Lituânia, países membros da União Europeia (UE), consistiram numa simulação de "lançamentos eletrónicos" de sistemas de mísseis balísticos móveis Iskander, com capacidade nuclear.
Em comunicado, o Ministério da Defesa russo referiu que as forças russas realizaram ataques únicos e múltiplos contra alvos que simulavam zonas de lançamento de sistemas de mísseis, aeródromos, infraestruturas protegidas, equipamento militar e postos de comando de um inimigo fictício.

Após terem efetuado os disparos "eletrónicos", os militares realizaram uma manobra de mudança de posição, de forma a evitar "um possível ataque de retaliação", pode ler-se.
As unidades de combate também praticavam "operações em condições de radiação e contaminação química".

O exercício militar envolveu mais de 100 soldados, acrescentou Moscovo.
O anúncio deste teste militar ocorreu no 70.º dia da invasão russa da Ucrânia, que já resultou em milhares de mortos e causou a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com mais de 13 milhões de pessoas deslocadas.

Desde o início da "operação militar" que o Presidente russo, Vladimir Putin, tem produzido ameaças onde sugere estar disposto a implantar armas nucleares táticas.

A Rússia colocou, de resto, as suas forças nucleares em alerta máximo logo após enviar tropas para a Ucrânia, em 24 de fevereiro. Putin alertou para uma retaliação "rápida como um relâmpago" em caso de intervenção direta do Ocidente no conflito ucraniano.
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • João Lopes
    09 mai, 2022 Porto 14:06
    Putin é um terrorista perigoso e vaidosito. Parece uma criança a brincar às guerras.
  • Cidadao
    05 mai, 2022 Lisboa 09:39
    Podem poupar as "balas" que vocês já não assustam ninguém. O vosso exército convencional, apesar duma superioridade esmagadora, está a marcar passo na Ucrânia - então em confronto com a NATO ... - e se puxarem do nuclear, o Ocidente faz o mesmo. Na realidade, a aposta na guerra da Ucrânia, a curto/médio prazo vai ser desastrosa para a Russia: não vai obter o País, não vai obter reconhecimento internacional nem Ucraniano da anexação da Crimeia e- se conseguirem a ocupação que é cada vez mais duvidoso - do controle do Donbass e dos acessos ao Mar da Ucrãnia, ficam com uma economia depauperada e condenados a entenderem-se com Chinas e Indias, um que joga com um pau de 2 bicos - um pé no Ocidente, outro na Rússia, e outro que fará negócio se e só se tiver grandes descontos e facilidades. E já falei no rearmamento e fortalecimento da NATO que obtém 2 novos Países um deles mesmo na vossa fronteira? Esta invasão rebentou mesmo na cara da Rússia.

Destaques V+