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Rússia testa míssil balístico intercontinental

20 abr, 2022 - 18:32 • Lusa

Presidente Vladimir Putin saudou a iniciativa militar como "sem equivalente".

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Rússia testa míssil balístico intercontinental Sarmat. Fotos: Ministério da Defesa
Rússia testa míssil balístico intercontinental Sarmat. Fotos: Ministério da Defesa

As Forças Armadas russas anunciaram hoje o primeiro disparo com sucesso do míssil balístico Sarmat, uma arma de nova geração com um elevado alcance e que o Presidente Vladimir Putin saudou como "sem equivalente".

"É verdadeiramente uma arma única que vai reforçar o potencial militar das nossas Forças Armadas, que garantirá a segurança da Rússia face às ameaças externas e que fará refletir duas vezes quem tentar ameaçar o nosso país com uma retórica ameaçadora e agressiva", declarou Putin.

"Sublinho que foram apenas utilizadas instalações, componentes e peças de fabrico nacional para a construção do Sarmat", acrescentou, no decurso de uma intervenção transmitida pela televisão.

Segundo Putin, o míssil balístico intercontinental de quinta geração Sarmat é capaz de "evitar todos os sistemas antiaéreos modernos".

Esta arma está incluída num conjunto de diversos mísseis apresentados em 2018 como "invencíveis" por Vladimir Putin. Entre o restante armamento, incluem-se designadamente os mísseis hipersónicos Kinjal e Avangard.

Em março, Moscovo afirmou ter utilizado pela primeira vez o Kinjal contra alvos na Ucrânia.

Com mais de 200 toneladas, o Sarmat é considerado mais eficaz que o seu antecessor, o míssil Voievoda, com um alcance de 11.000 quilómetros.

Em 2019, Putin declarou que o Sarmat não tinha "praticamente limites em termos de alcance", com capacidade para "atingir alvos atravessando o Polo Norte como o Polo Sul".

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, reagiu ao anúncio russo afirmando tratar-se de um teste de "rotina", que não constitui "uma ameaça" para os Estados Unidos ou seus aliados.

Moscovo "informou apropriadamente" Washington sobre a realização do teste, de acordo com suas obrigações ao abrigo dos tratados nucleares e, portanto, não foi uma "surpresa" para o Departamento de Defesa dos EUA, acrescentou Kirby.

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