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Rússia avisa EUA: Armar Ucrânia levará a “consequências imprevisíveis” a nível mundial

15 abr, 2022 - 13:32 • Diogo Camilo

O Kremlin enviou uma nota diplomática à Casa Branca em que pede o fim da "militarização irresponsável" da Ucrânia, que alega estar a “alimentar” o conflito no país.

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A Rússia avisou os Estados Unidos da América e a NATO que, se continuarem a armar a Ucrânia, poderão haver “consequências imprevisíveis” para a segurança mundial.

Em carta diplomática enviada esta semana, Moscovo refere que a entrega dos “mais sensíveis” sistemas militares a Kiev está a “alimentar” o conflito, avança o Washington Post.

A nota surge depois do presidente dos EUA, Joe Biden, ter aprovado um novo pacote de fornecimento de armas à Ucrânia no valor de 800 milhões de dólares (cerca de 740 milhões de euros), que inclui artilharia de longo alcance, drones de defesa costeira e veículos armados, além de sistemas de defesa antiaéreos e milhões de munições.

A Rússia alega ainda que a NATO está a pressionar a Ucrânia a abandonar as negociações de paz “para continuar o derramamento de sangue”. “Pedimos aos Estados Unidos e aos seus aliados que parem com a militarização irresponsável da Ucrânia, que implica consequências imprevisíveis para a segurança regional e internacional”, refere a nota.

O Kremlin acusa os Estados Unidos e os seus aliados de violarem “princípios rigorosos” que regem a transferência de armas para zonas de conflito e de ignorar “a ameaça de armas de alta precisão” que venham a cair nas mãos de “nacionalistas radicais, extremistas e forças de bandidos na Ucrânia”.

Com o título “Sobre as preocupações da Rússia no contexto do fornecimento em massa de armas e equipamentos militares ao regime de Kiev”, a nota escrita em russo e com tradução em inglês foi enviada na terça-feira pela embaixada russa em Washington à Casa Branca.

Ao jornal norte-americano, um oficial da administração de Biden refere que a nota russa mostra que “a assistência providenciada a parceiros ucranianos se está a provar extraordinariamente eficaz”.

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  • Farto de ameaças
    15 abr, 2022 Ponham Putin no seu lugar 15:45
    Sugestão: os EUA que respondam " paramos de imediato o fornecimento de aramas a Kiev, quando a Rússia cessar todas as operações militares e retirar todas as forças militares de território Ucraniano, incluindo Crimeia e Donbass, para uma distância nunca inferior a 50 Km da fronteira, retirar a sua frota do Mar Negro, comprometer-se a entregar os comandantes militares que permitiram atrocidades a Tribunais internacionais, e obviamente, a pagar uma indemnização de guerra à Ucrânia no valor de 500 000 milhões de Euros." Até lá, não só continuamos a enviar armas, como vamos reforçar esses envios. E se atacarem algum comboio de abastecimento onde morram soldados NATO ou Americanos, será a zona de exclusão aérea e provavelmente um embate militar entre nós". Eles ameaçam, nós fazemos o mesmo.

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