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Mais de 1.800 civis morreram na guerra da Ucrânia. 148 eram crianças

11 abr, 2022 - 17:25 • Lusa

Balanço foi avançado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

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A ONU confirmou esta segunda-feira a morte de 1.842 civis na guerra da Ucrânia entre o dia da invasão russa, 24 de fevereiro, e o final de domingo, num balanço que inclui 148 crianças.

No relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) confirmou também 2.493 civis feridos, dos quais 233 são crianças.

Os dados referem-se ao período entre as 04h00 de 24 de fevereiro e as 24h00 de domingo (hora local), correspondendo a 46 dias de combates.

A agência da ONU alertou que os números reais de baixas civis, incluindo crianças, "são consideravelmente mais elevados, especialmente em território controlado pelo Governo" ucraniano, mais sujeito à ofensiva russa.

"A maioria das baixas civis registadas foi causada pela utilização de armas explosivas com uma vasta área de impacto, incluindo bombardeamentos de artilharia pesada e sistemas de mísseis, e ataques aéreos e de mísseis", disse a agência da ONU.

O ACNUDH manteve a informação de que "a receção de informações de alguns locais onde têm ocorrido hostilidades intensas tem sido adiada e muitos relatórios ainda estão pendentes de corroboração".

Referiu, em particular, as cidades de Mariupol (na região de Donetsk), Izium (Kharkiv), Popasna (Lugansk) e Borodianka (Kiev), "onde há alegações de numerosas baixas civis".

Essas informações ainda estão a ser confirmadas e não foram incluídas nos números divulgados hoje.

Segundo a agência da ONU, um aumento de vítimas entre dois relatórios diários não implica que corresponda a mortos e feridos ocorridos num período de 24 horas, porque o processo de verificação é complexo e pode demorar vários dias.

A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 47.º dia, provocou também um número por determinar de baixas militares e levou mais 11 milhões de pessoas a fugir de casa, incluindo 4,5 milhões que se refugiram nos países vizinhos.

Trata-se da pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A comunidade internacional reagiu à invasão russa com sanções económicas e políticas contra Moscovo, e com o fornecimento de armas a Kiev.

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