02 abr, 2022 - 11:41 • Daniela Espírito Santo
Veja também:
O fotojornalista Maks Levin, dado como desaparecido a 13 de março, foi encontrado morto esta sexta-feira. A informação foi confirmada pelo Repórteres sem Fronteiras.
"Estava desarmado e usava um colete a dizer 'Press'", salienta a RSF num twit, onde relembra que "atacar jornalistas é um crime de guerra".
O corpo do jornalista ucraniano, que estava a cobrir a invasão da Ucrânia, foi resgatado em Huta-Mezhyhirska. Maksim Levin estava a trabalhar para o site noticioso LB.ua, que adianta que o fotojornalista de guerra ter-se-ia deslocado para aquela zona com outro jornalista, Alexei Chernyshov, que está em paradeiro desconhecido.
Il était sans armes et portait une veste Presse. Le photographe 🇺🇦 Max Levin a été tué comme cinq autres journalistes depuis le début de la guerre en #Ukraine. #RSF adresse ses condoléances à sa famille. Cibler les journalistes est un crime de guerre. ▶️https://t.co/WvBWW1DAYe pic.twitter.com/xs60Jrzywv
— RSF (@RSF_inter) April 2, 2022
Levin era colaborador frequente da agência noticiosa Reuters, que também já confirmou a sua morte. O também realizador de documentários começou a colaborar com a agência noticiosa em 2013.
"Estamos devastados com a morte do Maksim Levin, um colaborador de longa data da Reuters, na Ucrânia. Maks providenciava-nos com fotografias e vídeos cativantes da Ucrânia desde 2013. A sua morte é uma grande perda para o mundo do jornalismo. Os nossos pensamentos estão com a sua família nesta altura difícil", é dito por um representante da Reuters, citado pelo jornal britânico The Guardian.
Maks Levin tinha 40 anos. Deixa quatro filhos.
Vários foram os jornalistas que morreram na Ucrânia desde o início da guerra. Aleksandra Kurshynova, Brent Renaud, Pierre Zakrzewsk, Oksana Baulina, Viktor Dêdov e Yevhenii Sakun também perderam a vida em Kiev.
[notícia atualizada às 13h48 de dia 2 de abril de 2022]